quarta-feira, 12 de outubro de 2011

ll Shamu-Úl

ll Shamu-Úl

ll Shamu-Úl 1

Dáoud sabe da morte de Shaúl

1-2Shaúl morrera e Dáoud voltou para Ziklag após ter derrotado os amalequitas. Três dias mais tarde,
apareceu-lhe um homem, vindo do exército Yaoshorulíta, com a roupa rasgada e com terra na cabeça, em
sinal de consternação. Chegando-se junto de Dáoud inclinou-se até à terra em atitude de profundo respeito.
3"Donde vens tu?", perguntou Dáoud."Do exército de Yaoshorúl", replicou o homem. 4"Que foi que
aconteceu? Como é que correu o combate?"O homem respondeu: "Todos fugiram em debandada. Milhares
foram mortos e feridos no campo da batalha. Shaúl e Yaonaokhán também morreram." 5"E como sabes tu
que eles foram mortos?", exigiu Dáoud. 6-10"Porque chegando por acaso ao monte de Gilboa, vi Shaúl
inclinado contra a sua lança e a cavalaria mais os carros de combate do inimigo apertando a luta contra a
posição em que ele se encontrava. Shaúl, olhando para trás, reparou em mim, gritou-me para que fosse ter
com ele e perguntou-me: 'Quem és tu?' -'Sou amalequita', respondi. 'Mata-me', pediu-me ele, 'e tira-me
desta angústia porque estou a sofrer muito e a vida está presa a mim'. Então matei-o, pois sabia que ele
não poderia continuar com vida. Depois peguei na sua coroa e numa pulseira que trazia no braço e trouxe-
as para ti, meu chefe." 11-12Dáoud e os seus homens rasgaram a roupa que tinham vestida, em
manifestação de tristeza, ao ouvirem aquelas notícias. Choraram, lamentaram-se, jejuaram todo o dia por
Shaúl e pelo seu filho Yaonaokhán, assim como pelo povo de YÁOHUH ULe pelos homens de Yaoshorúl que
tinham morrido naquele dia. 13Dáoud disse àquele que lhe trouxera as notícias: "Donde és tu?""Eu sou
amalequita." 14-16"E como te atreveste tu a matar o rei escolhido por YÁOHU ULHÍM?" E Dáoud, dirigindo-
se a um dos seus mancebos: "Mata-o!" O rapaz atravessou-o com a sua espada e ele morreu. "Foste vítima
da tua própria condenação", disse Dáoud, "porque confessaste, tu mesmo, ter morto o rei ungido de
YÁOHU ULHÍM."

Cântico de Dáoud sobre a morte de Shaúl e de Yaonaokhán

17-18Dáoud compôs então uma elegia à memória de Shaúl e de Yaonaokhán, mandando que fosse
cantada através de todo o Yaoshorúl. É este o texto, tal como está no Livro do Justo:
19Ó Yaoshorúl, aqueles que eram para ti o teu orgulho e a tua alegria jazem mortos sobre as colinas.
Morreram poderosos heróis!
20Não contes isso aos Palestinos, para que não rejubilem. Esconde-o das cidades de Gate e de
Áshkelon,"para que povos pagãos não venham a rir-se triunfamente.
21Ó monte Gilboa, que não caia mais chuva,"nem orvalho sequer, sobre ti;"que não cresçam searas nas
tuas vertentes. Porque foi aí que o escudo dos heróis foi tristemente arrojado ao chão; o escudo de Shaúl,
não mais ungido com óleo.
22Tanto Shaúl como Yaonaokhán eram capazes de liquidar"os seus mais fortes inimigos; nunca
regressavam da batalha de mãos vazias.
23Como eram amados! Eram pessoas admiráveis!"Tanto Shaúl como seu filho! Sempre estiveram juntos,
tanto na vida como na morte! Eram mais velozes do que águias, mais fortes do que leões.
24Por isso agora, mulheres de Yaoshorúl, chorem por Shaúl. Ele enriqueceu-vos, vestiu-vos de finas
roupas e deu-vos belos adornos.
25Foram valentes heróis que morreram no campo da batalha. Yaonaokhán foi morto sobre a colina.
26Como eu choro por ti, meu irmão Yaonaokhán; como eu te amava! O teu amor tinha mais profundidade
para mim"do que o amor de uma mulher.
27Foram valentes homens que cairam. Despojados das suas armas, morreram!

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Dáoud é ungido rei sobre YAOHÚ-dah

1Então Dáoud perguntou a YÁOHU ULHÍM: "Deverei voltar para YAOHÚ-dah?" YÁOHUH UL’HÍM respondeu-
lhe: "Sim"."Para que cidade devo ir?"E YÁOHUH UL’HÍM respondeu: "Para Hebron". 2-7Dáoud e as suas
mulheres -Ainoã de Yaozoro-Úl e Abigaúl, a viúva de Nabal, do Carmiúl -mais os seus homens com as
respectivas famílias, todos vieram para Hebron. Os líderes de YAOHÚ-dah vieram dar-lhe as boas vindas e
coroaram-no rei sobre o povo de YAOHÚ-dah o saber que os homens de Yabesh-Gaúliod tinham tido o
cuidado de fazer o enterro de Shaúl, mandou-lhes uma mensagem: "Que YÁOHUH UL’HÍM vos abençoe por
terem honrado dessa maneira a memória do vosso rei, fazendo-lhe um funeral com dignidade. Que YÁOHU
ULHÍM vos proteja na sua fidelidade e vos recompense! Eu também vos retribuirei o bem que praticaram.
Agora peço-vos que aceitem ser meus súbditos, fortes e fiéis, visto que Shaúl já está morto. Também a tribo
de YAOHÚ-dah já me designou como seu rei."

Guerra entre os exércitos de Dáoud e de Shaúl

8-11No entanto Abner, comandante das tropas de Shaúl, foi a Maanaim para fazer de Isbosete rei. O seu
território era Gaúliod, Asuri, Yaozoro-Úl, Efroím, a tribo de Benyamín e todo o resto de Yaoshorúl. Isbosete
tinha quarenta anos nessa altura. Reinou assim em Maanaim por dois anos; entretanto Dáoud reinava em
Hebron, e durante sete anos e meio foi rei do povo de YAOHÚ-dah. 12-15Um dia o general Abner levou as
tropas de Isbosete de Maanaim até Gibeão, e Yao-ab (filho de Zeruía), general das tropas de Dáoud, levou
estas ao encontro das primeiras. Ficaram frente a frente junto ao poço de Gibeão, uns do lado de cá do
tanque, e os outros do lado oposto. Abner sugeriu a Yao-ab o seguinte: "Vamos pôr alguns dos nossos
moços a defrontarem-se à espada à nossa frente!", e Yao-ab acedeu. Foram assim escolhidos doze
combatentes de cada lado, para se confrontarem mortalmente. 16O combate começou e cada um, pegando
na cabeça do outro pelos cabelos mergulhou a espada no corpo do outro, matando-o; e assim acabaram
por morrer todos. Aquele lugar ficou conhecido como o Campo das Espadas. 17-19Os dois exércitos
começaram então a luta. Chegando ao fim do dia, Abner e os seus homens tinham sido derrotados por Yaoab.
Abishái e Osaul -irmãos de Yao-ab -também se encontravam na batalha. Osaul era um grande
corredor, corria como uma gazela, e foi em perseguição de Abner, correndo sem descanso, absolutamente
determinado a apanhá-lo. 20A certa altura Abner olhou para trás, viu-o e perguntou-lhe: "Tu és
Osaul?""Sim, sou." 21-22"Aviso-te de que não venhas atrás de mim. Vai antes em perseguição dum soldado
qualquer e fica com os despojos." Mas Osaul recusou e continuou no seu encalço bner tornou a gritar-lhe:
"Sai de trás de mim! Eu nunca mais poderia aparecer ao teu irmão Yao-ab, se te matasse!" 23Mas Osaul
recusou-se a desistir. Então Abner trespassou-lhe o ventre com a extremidade mais grossa da sua lança;
esta saiu-lhe pelo outro lado do corpo. Osaul ficou-se logo ali estendido, morto; toda a gente que ia
passando parava a ver o corpo. 24-26Yao-ab e Abishái puseram-se por sua vez em perseguição de Abner.
Estava já o sol a pôr-se quando chegaram ao outeiro de Amá, em frente de Giá, no caminho para o deserto
de Gibeão. As tropas de Abner, formadas por contingentes de soldados de Benyamín, reagruparam-se no
cimo da colina. Dali Abner gritou para Yao-ab, em baixo: "Será que as nossas tropas hão-de continuar a
matar-se umas às outras? Quando é que pensas dizer à tua gente que deixe de perseguir os irmãos?" 2728"
Garanto-te, diante de YÁOHU ULHÍM, que mesmo que não tivesses falado, as minhas tropas teriam ido
para casa já desde amanhã", respondeu-lhe Yao-ab. Tocou então a trombeta e os seus homens pararam de
correr atrás das tropas de Yaoshorúl. 29Nessa noite, Abner e os seus soldados retiraram-se através da
planície do Yardayán; atravessaram o rio, andaram toda a manhã seguinte, até que chegaram a Maanaim.
30-31As tropas de Yao-ab também se retiraram para a sua terra. Quando contaram as baixas verificaram
que tinham perdido apenas dezanove homens, além de Osaul; e que da parte de Abner tinha havido
trezentas e sessenta perdas, todos da tribo de Benyamín. 32Os soldados de Yao-ab levaram o corpo de
Osaul para Beth-Lékhem e enterraram-no na sepultura do seu pai; depois marcharam a noite inteira e
chegaram a Hebron ao romper do dia.

2 Shamu-Úl 3

1Estes foram os acontecimentos que deram origem a uma longa guerra entre os que tinham sido
seguidores de Shaúl e os que estavam do lado de Dáoud. A posição deste, aliás, ia-se tornando cada vez
mais forte, enquanto que os apoiantes de Shaúl se enfraqueciam cada vez mais. 2-5Vários filhos nasceram
a Dáoud enquanto se encontrava em Hebron. O mais velho era Amnom, filho de Ainoã. O segundo,
Quileabe, nascido de Abigaúl, a viúva de Nabal do Carmiúl. O terceiro, Abshalóm, que lhe deu Maaca, filha
de Talmai, o rei de Gesur. O quarto era Adoni-YÁOHU, que nasceu de Hagite. A seguir vinha Shuafat-
YÁOHU, filho de Abital. O último era Itreão, de Egla, também mulher de Dáoud.

Abner junta-se a Dáoud

6-10À medida que a guerra continuava, Abner tornou-se um chefe poderoso dos seguidores de Shaúl.
Aproveitando-se da sua posição, tomou para si uma das concubinas de Shaúl, uma rapariga chamada
Rizpa; e quando Isbosete o criticou por isso, Abner ficou furioso: "Sou algum cão YAOHÚ-di, para ser
escorraçado desta maneira? Depois de tudo o que fiz por ti e pelo teu pai, não vos entregando a Dáoud, é
essa a recompensa que me dás -acusar-me por causa duma questão com uma simples mulher! Que
YÁOHUH UL’HÍM me amaldiçoe se eu não fizer tudo o que puder para te tirar o reino, todo ele, desde Dayán
até Beer-Shéva, e o der a Dáoud, aliás tal como YÁOHUH UL’HÍM previu." 11Isbosete não lhe respondeu uma
palavra sequer, porque tinha medo dele. 12Abner mandou então mensageiros a Dáoud para discutirem entregar-
lhe o reino de Yaoshorúl e em troca ficar com o cargo de general das tropas conjuntas de
Yaoshorúl e de YAOHÚ-dah. 13-14"Está bem", disse Dáoud, "mas não trato nada contigo enquanto não me
trouxeres a minha mulher Mical, filha de Shaúl." Dáoud enviou igualmente uma mensagem a Isbosete
nestes termos: "Devolvam-me Mical, a minha mulher, que eu ganhei em troca da vida de cem Palestinos."
15-16Então Isbosete tirou-a a Palti. Este último foi atrás dela, chorando, até Baurim. Aí, disse-lhe Abner:
"Volta agora para casa". E ele voltou. 17Entretanto Abner fez uma consulta aos chefes de Yaoshorúl e
lembrou-lhes que durante muito tempo eles tinham pretendido que fosse Dáoud o rei: 18"Chegou agora a
altura! Porque YÁOHUH UL’HÍM disse: 'É com Dáoud que salvarei o meu povo dos Palestinos e de todos os
seus inimigos'." 19-20Abner falou igualmente com os líderes de Benyamín, e depois foi a Hebron relatar a
Dáoud os progressos feitos junto do povo de Benyamín e de Yaoshorúl. Havia vinte homens que o
acompanhavam; e Dáoud deu-lhes um banquete. 21Antes de se ir embora Abner prometeu a Dáoud:
"Quando eu voltar convocarei uma assembleia de todo o povo de Yaoshorúl, e eles eleger-te-ão rei, tal
como sempre o desejaste." Dáoud deixou-o ir em paz.

Yao-ab mata Abner

22Mas pouco depois de Abner se ter despedido, Yao-ab mais alguma gente de tropa de Dáoud
regressavam duma surtida, trazendo muito despojo com eles. 23Quando disseram a Yao-ab que Abner
tinha acabado de fazer uma visita ao rei e que se tinha retirado em paz, 24foi a correr ter com Dáoud e
perguntou-lhe: "Que foi que fizeste? Que pretendes tu como teres deixado esse indivíduo retirar-se na
calma? 25Sabes perfeitamente que ele apenas veio para nos espiar; o que ele quer é voltar e atacar-nos!"
26-27Então Yao-ab mandou emisários para irem apanhá-lo e dizer-lhe que voltasse. Encontraram-no no
poço de Sira, e ele aceitou voltar com os emisários. Contudo Dáoud nada sabia do que se estava a tramar.
Quando Abner chegou de novo a Hebron, Yao-ab tomou-o à parte, junto à porta da povoação, como se
quisesse falar-lhe em particular, e apunhalou-o, matando-o por vingança da morte do seu irmão Osaul. 2829Quando
Dáoud soube disto, declarou: "Estou inocente, tanto eu como o meu povo, deste crime contra
Abner. Os únicos culpados são Yao-ab e a sua família. Que cada um dos seus filhos venha a ser vítima ou
de cancro, ou de lepra, ou seja estéril, ou venha a morrer de fome ou seja morto pela espada!" 30E assim
Yao-ab e o seu irmão Abishái mataram Abner, por causa da morte de Osaul, irmão de ambos, na batalha de
Gibeão. 31-32Dáoud disse a Yao-ab e a todos os que estavam com ele: "Vamos todos lamentar a morte de
Abner". O rei Dáoud acompanhou a urna até ao local onde seria enterrado, em Hebron. Dáoud e todo o
povo choraram o morto à beira do túmulo. 33-34"Porque é que Abner havia de ter morrido como um
miserável?" Dáoud lamentou assim a morte de Abner:

"Não tinhas as mãos atadas, não tinhas os pés em cadeias, e contudo foste assassinado, vítima de uma
cruel cilada."

Todo o povo ficou de luto. 35Dáoud recusou comer fosse o que fosse nesse dia do funeral, ainda que o
povo insistisse para que comesse qualquer coisa. Mas ele fez voto de não provar nada até ao pôr do sol.
36Isto no fundo agradou a toda a gente, aliás como tudo o que fazia. 37Dessa forma toda a nação, tanto
YAOHÚ-dah como Yaoshorúl, compreendeu pelas acções de Dáoud que ele não era responsável pela
morte de Abner. 38-39Dáoud disse ainda ao povo: "Um grande chefe, um grande homem, tombou hoje em
Yaoshorúl; ainda que eu seja o monarca escolhido por YÁOHU ULHÍM, não posso fazer nada perante a
dureza destes dois filhos de Zeruía. Que YÁOHUH UL’HÍM recompense os malfeitores pelas suas maldades."

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Isbosete é assassinado

1Quando Isbosete soube da morte de Abner em Hebron, ficou cheio de medo; o povo que estava com ele
também ficou alarmado. 2-3O comando das tropas Yaoshorulítas recaíu agora sobre os dois irmãos Baaná
e Recabe, que eram capitães do príncipe Isbosete, liderando as suas acções de guerrilha. Eram filhos de
Rimom, originários de Beerote, povoação sob a jurisdição de Benyamín. A população de Beerote é
considerada como sendo benjamita, mesmo apesar de terem fugido para Gitaim, onde agora vivem. 4(Havia
um neto do rei Shaúl, de nome Mephibosheth, filho de Yaonaokhán, e que era aleijado dos pés. Tinha cinco
anos na altura em que o pai e o avô morreram na batalha de Yaozoro-Úl. Quando a notícia dessa derrota
chegou à capital, a ama pegou na criança e fugiu; mas tropeçou e deixou-o cair, ficando assim aleijado.) 58Recabe
e Baaná chegaram a casa de Isbosete certo dia; estava o sol a pino e ele passava pelo sono.
Dirigiram-se à cozinha, como se fossem buscar um saco de trigo, mas entrando no quarto assassinaram-no;
cortaram-lhe a cabeça e fugiram com ela através do deserto, durante essa noite toda, para virem apresentála
a Dáoud, em Hebron: "Aqui tens a cabeça de Isbosete", exclamaram, "o filho do teu inimigo Shaúl, que
tentou matar-te. Hoje YÁOHUH UL’HÍM vingou-te de Shaúl e de toda a sua família!" 9-11Mas Dáoud
respondeu:"Juro diante de YÁOHUH ULque sempre me salvou dos meus inimigos, que quando alguém me
disse 'Shaúl morreu', pensando dar-me boas notícias, eu matei-o; esta é a forma como eu recompensarei as
supostas boas notícias que me trazia. E desta vez com muito mais razão farei o mesmo a gente malvada
que matou um homem bom, na sua própria casa, na sua cama! Não exigia eu, por consequência, as vossas
vidas?" 12Então ordenou aos rapazes da sua guarda que os matassem. Eles obedeceram, cortaram-lhes os
pés e penduraram os corpos junto ao poço em Hebron. A cabeça de Isbosete, enterraram-na no túmulo de
Abner, também em Hebron.

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Dáoud reina sobre Yaoshorúl

1-2Representantes de todas as tribos de Yaoshorúl vieram ter com Dáoud em Hebron oferecer-lhe a
garantia da sua lealdade: "Somos do mesmo sangue que tu", disseram. "Mesmo quando Shaúl era o
monarca, tu eras o nosso verdadeiro chefe. Foi YÁOHUH UL’HÍM mesmo quem disse que deverias ser o
apacentador e o guia do seu povo." 3Então Dáoud fez um pacto diante de YÁOHUH ULcom os líderes de
Yaoshorúl ali em Hebron e eles coroaram-no rei de Yaoshorúl. 4-5(Dáoud já era rei de YAOHÚ-dah, havia
sete anos, desde a idade de trinta anos. Portanto governou por trinta e três anos em Yaohúshua-oléym
como soberano tanto de Yaoshorúl como de YAOHÚ-dah; ao todo o seu reinado foi de quarenta anos.)

Dáoud conquista Yaohúshua-oléym

6-7Dáoud decidiu levar as suas tropas até Yaohúshua-oléym para combater contra os jebuseus que ali
viviam. "Nunca entrarás aqui", tinham-lhe dito. "Até os nossos cegos e coxos poderiam enfrentar-te!" Porque
pensavam que estavam muito seguros. No entanto Dáoud e os seus homens derrotaram-nos e capturaram
a fortaleza de Tzayán, agora chamada a cidade de Dáoud. 8Quando a mensagem insultuosa dos
defensores da cidade havia chegado ao conhecimento de Dáoud, este dissera aos soldados: "Subam
através do túnel de abastecimento de água à cidade e destruam esses tais cegos e coxos, que eu
aborreço". (E esta é a origem do dito actual de "Nem cego nem coxo entrará aí!".) 9-10Dáoud estabeleceu-
se na fortaleza de Tzayán, por isso passou a chamar-se cidade de Dáoud. Então, começando no velho
bairro da cidade chamado Milo, empreendeu uma série de construções, em direcção ao norte até ao actual
centro da cidade. Assim Dáoud se foi tornando cada vez mais forte, porque YÁOHUH UL’HÍM o Criador
Eterno dos shua-ólmayao estava com ele. 11-12O rei Hirão de Tiro mandou muita madeira de cedro,
carpinteiros e pedreiros para a construção de um palácio para Dáoud. Este deu-se conta da razão por que
YÁOHUH UL’HÍM o tinha feito rei e tinha abençoado tanto a sua acção -era porque YÁOHUH UL’HÍM queria
fazer muitos benefícios a Yaoshorúl, o seu povo eleito. 13-16Após se ter mudado de Hebron para
Yaohúshua-oléym, Dáoud casou com outras mulheres e concubinas, de quem teve muitos filhos e filhas.
São estes os que lhe nasceram em Yaohúshua-oléym: Samua, Sobabe, Naokhán, Shua-ólmoh, Ibar, Elisua,
Nefegue, Yafia, Ulishama, Uliyaoda, Ulipalot.

Dáoud derrota os Palestinos

17Quando os Palestinos ouviram que Dáoud tinha sido coroado rei de Yaoshorúl, tentaram atacá-lo; mas
Dáoud foi avisado disso e preparou a sua posição na fortaleza. 18-19Os Palestinos chegaram e
espalharam-se pelo vale de Refaim. Dáoud perguntou a YÁOHU ULHÍM: "Deverei sair e travar luta contra
eles? Entregar-mos-ás nas mãos?"E YÁOHUH UL’HÍM respondeu: "Sim podes avançar, porque hei-de
entregar-tos." 20-22Então Dáoud travou combate contra eles em Baal-Perazim e derrotou-os. "Foi YÁOHU
ULHÍM o responsável por isto", exclamava ele. " YÁOHUH UL’HÍM irrompeu contra os meus inimigos como
uma avalanche." Por isso chamou àquele lugar Avalanche. Por essa altura Dáoud e as suas tropas
confiscaram muitos ídolos que os Palestinos tinham abandonado. Os Palestinos tornaram a tomar posições
de luta contra os Yaoshorulítas e espalharam-se pelo vale de Refaim. 23-24Quando Dáoud voltou a
perguntar a YÁOHUH UL’HÍM o que devia fazer, foi assim a resposta: "Desta vez não os ataques
frontalmente. Vai por detrás deles e aparece-lhes por entre as amoreiras. Quando ouvires um ruído como o
de gente marchando por de cima das amoreiras, então ataca! Porque isso significará que YÁOHUH UL’HÍM te
preparou o caminho e que os destruirás." 25Dáoud fez segundo as instruções dadas pelo YÁOHUH UL’HÍM e
destruiu os Palestinos desde Geba a Gezer.

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A arca é trazida para Yaohúshua-oléym

1-2Dáoud mobilizou trinta mil tropas especiais e levou-as até Baalá de YAOHÚ-dah a fim de trazer de volta
a arca de YÁOHUH ULdos shua-ólmayao, cujo trono está acima dos querubins. 3-5A arca foi colocada sobre
um carro novo, e levada da casa de Abinaodáb, que ficava numa colina; e era conduzida pelos filhos deste
último -Uzá e Aiô. Aiô ia à frente; era seguido por Dáoud e pelos outros líderes de Yaoshorúl que agitavam
alegremente ramos de faia e tocavam instrumentos, na presença de YÁOHUH UL-liras, harpas, tamborins,
pandeiretas e címbalos. 6-8No entanto, quando chegaram à eira de Nacom, os bois tropeçaram e Uzá
estendeu o braço para segurar a Arca. A ira de YÁOHUH ULacendeu-se contra ele e matou-o por causa do
seu gesto; e ali ficou estendido, ao lado da arca. Dáoud ficou muito contristado por causa do que YÁOHU
ULHÍM fizera, deu àquele lugar o nome de Lugar da Ira sobre Uzá. Ainda hoje é assim chamado. 9-11O rei
ficou com medo de YÁOHUH ULe perguntava-se a si mesmo: "Como poderei eu trazer a arca para a minha
cidade?" Por isso resolveu não transportá-la para a cidade de Dáoud, mas levá-la antes para a casa de
Awod-Edom, originário de Gate. Ela lá ficou por três meses, e YÁOHUH UL’HÍM abençoou Awod-Edom e toda
a sua casa e família. 12-15Quando o rei teve conhecimento disto, decidiu-se novamente a trazer a arca para
a cidade de Dáoud, organizando para tal uma grande celebração: a cada seis passos que os
transportadores da arca faziam, paravam e esperavam que se oferecesse o sacrifício de um boi e de um
cordeiro engordado. Dáoud dançava perante YÁOHUH UL’HÍM com toda a exuberância, vestido com a veste
sacerdotal. Foi dessa maneira que Yaoshorúl trouxe para o seu local próprio a arca de YÁOHU UL. E tudo
isso acompanhado de muitos gritos de júbilo e no meio de toques de trombetas. 16Mas quando o cortejo se
aproximou da cidade, Mical, a filha de Shaúl, que estava observando aquilo à janela, viu Dáoud saltando e
dançando na presença de YÁOHU UL. Então desprezou-o no seu íntimo. 17-20A arca foi colocada numa
tenda que Dáoud tinha preparado para fez mais sacrifícios de holocaustos e de ofertas de paz a YÁOHU
ULHÍM. Depois abençoou o povo em Shúam (Nome) de YÁOHUH ULdos shua-ólmayao, e brindou cada um homens
e mulheres indiferentemente -com um pão, uma porção de vinho e um bolo de uvas. Quando tudo
terminou e cada um se retirou, Dáoud regressou a casa para abençoar a sua família. No entanto Mical veio
ao seu encontro e exclamou com ar irónico. "Que ar glorioso tinha hoje o rei de Yaoshorúl, expondo-se
dessa maneira aos olhos das raparigas, ao longo das ruas, como um vadio qualquer!" 21-22Dáoud
respondeu-lhe assim: "Eu estive a dançar diante de YÁOHU UL, o qual me escolheu a mim em lugar do teu
pai e da tua família, e que me nomeou chefe de Yaoshorúl, o povo de YÁOHU UL! Prefiro antes parecer
louco, se dessa forma puder mostrar a YÁOHUH UL’HÍM a minha alegria. Não me importo mesmo de parecer
ainda mais louco do que fui, pois sei que mesmo assim serei respeitado pelas raparigas, a quem te
referias!" 23E Mical não teve filhos durante toda a sua vida.

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A promessa de YÁOHUH UL’HÍM a Dáoud

1-2Quando YÁOHUH UL’HÍM enviou finalmente a paz sobre a terra -Yaoshorúl já não estava em guerra com
mais nenhuma nação dos arredores -Dáoud disse a Naokhán, o profeta: "Repara bem -Eu vivo aqui numa
bela casa, toda em cedro, enquanto a arca de YÁOHUH UL’HÍM ali está, sob uma tenda!" 3"Vai para a frente
com os planos que tiveres em mente, porque YÁOHUH UL’HÍM está contigo", foi a resposta do homem de
YÁOHU ULHÍM. 4Mas nessa noite YÁOHUH UL’HÍM disse a Naokhán: 5-7"Diz ao meu servo Dáoud que não
mande construir nenhuma casa para minha habitação. Porque eu nunca vivi num Templo. A minha casa,
desde que trouxe Yaoshorúl do Egipto, tem sido sempre uma tenda. E jamais me lamentei por isso junto dos
chefes de Yaoshorúl, os anciãos do meu povo. Nunca lhes perguntei: 'Porque é que não me constroem um
belo Templo em cedro?' 8-16Por isso vai e dá esta mensagem a Dáoud, dizendo-lhe que é da parte de
YÁOHUH ULTzavulyáo: 'Escolhi-te para seres o líder do meu povo de Yaoshorúl quando eras apenas um
apacentador de ovelhas, apascentando o teu gado pelos prados. Estive contigo por onde quer que andaste,
e destruíste os teus inimigos. Tornarei o teu Shúam (Nome) maior ainda do que é, de tal forma que serás
um dos homens mais famosos do mundo! Escolhi para o meu povo uma terra e uma pátria da qual nunca
mais sairão. Será a sua terra própria, onde as nações pagãs não mais o incomodarão como aconteceu
quando os juízes governavam o meu povo. Não tens agora mais guerra contra os teus inimigos. Os teus
descendentes governarão esta terra nas gerações futuras; pois, quando morreres, porei um dos teus filhos
sobre o trono e tornarei o seu reinado poderoso. Será ele quem me construirá um Templo. Prolongarei o
seu reino pela eternidade. 14Eu serei seu Pai, e ele será meu Filho, mesmo no tempo em que tiver que padecer pela iniquidade dos homens, Eu mesmo o punirei e açoitarei com o castigo dos humanos, aplicado por intermédio de homens. 15Contudo, jamais retirarei dele o meu amor, como retirei de Saul, a quem tirei do seu Caminho. .'" 16A tua casa e a tua realeza, todavia, subsistirão para sempre na minha presença, e o teu trono se estabelecerá pela eternidade!”17  E Naokhan comunicou a Dáoud todas as palavras dessa profecia com todo o esplendor da sua revelação.

A oração de Dáoud

17Então Naokhán voltou a estar com Dáoud e disse-lhe tudo quanto YÁOHUH UL’HÍM lhe mandara. 1820Dáoud
foi até ao tabernáculo e pôs-se diante de YÁOHU UL, orando assim: "Ó YÁOHUH UL’HÍM o Criador
Eterno, porque é que derramaste as tuas bênçãos sobre uma pessoa tão insignificante como eu? E agora, a
acrescentar a tudo isso, ainda me falas de uma dinastia futura! Tal generosidade não é certamente própria
dos seres humanos, ó YÁOHUH UL’HÍM Criador Eterno! Não tenho palavras para dizer o que sinto. Pois tu
sabes bem o que é que eu valho. 21Tu fazes todas estas coisas porque o prometeste e porque são esses
os teus planos. 22-24Como tu és grandioso, YÁOHUH UL’HÍM Criador Eterno! Nunca ouvimos falar de
qualquer outro Criador como Tu; porque não há outro Criador além de Ti. Que outra nação em todo o
mundo jamais recebeu tais bênçãos como Yaoshorúl, o teu povo? Tu salvaste a tua nação eleita, a fim de
glorificar o teu Shúam (Nome). Fizeste grandes milagres para destruir o Egipto e os seus falsos criadores o
estatuas. Eshkólheste Yaoshorúl para ser o teu povo para sempre e tornaste-te o nosso YÁOHU ULHÍM.
25-29Agora, YÁOHUH UL’HÍM Criador Eterno, faz como me prometeste, a mim e à minha família. E que sejas
eternamente honrado, por teres estabelecido Yaoshorúl como teu povo, e confirmado a minha descendência
diante de ti. Fizeste-me a graça de me revelar, ó YÁOHUH UL’HÍM dos shua-ólmayao, o Criador Eterno de
Yaoshorúl, que eu sou o primeiro de uma dinastia que governará o teu povo; é por essa razão que tomei a
ousadia de dirigir esta oração de gratidão. Verdadeiramente, tu és YÁOHU ULHÍM; as tuas palavras são
verdade. Prometeste-me coisas maravilhosas -agora age conforme prometeste. Abençoa-me então a mim
e à minha família para sempre. Que a nossa dinastia permaneça na tua presença para sempre; pois foste
tu, YÁOHUH UL’HÍM o Criador Eterno, quem o prometeu."

2 Shamu-Úl 8

As vitórias de Dáoud

1-2Após isto Dáoud venceu e submeteu os Palestinos, conquistando Gate, a maior cidade deles. Também
devastou a terra de Moabe. Dividiu as suas vítimas, fazendo-as deitarem-se lado a lado, em fileiras. Depois
de medir com uma fita, dois terços de cada fila eram mortos; o terço restante era poupado, para serem
servos de Dáoud -pagaram-lhe tributo anualmente, daí em diante. 3-8Destruiu igualmente as forças de
Hadadezer (filho de Reobe) rei de Zobá, numa batalha junto ao rio Eufrates, porque Hadadezer tinha
tentado retomar o poder. Dáoud capturou mil e setecentos soldados de cavalaria e vinte mil de infantaria;
depois cortou uma perna a todos os cavalos dos carros de combate, excepto aos que puxavam uma
centena de carros. Também matou vinte e dois mil sírios de Damasco, que tinham vindo ajudar Hadadezer.
Dáoud pôs várias guarnições militares em Damasco, e os sírios tornaram-se seus súbditos, pagando-lhe um
tributo anual. YÁOHUH UL’HÍM concedia-lhe sempre vitórias, para onde quer que se virasse! Trouxe também
para Yaohúshua-oléym os escudos de ouro que usavam os oficiais do rei Hadadezer, assim como uma
imensa quantidade de bronze de Beta e de Berotai, cidades do rei Hadadezer. 9-12Quando o rei Toi de
Hamate ouviu narrar todas as vitórias de Dáoud sobre o exército de Hadadezer, enviou o seu filho Yaoroám
felicitá-lo, visto que Hadadezer e Toi eram inimigos. Yaoroám trouxe-lhe presentes de prata, de ouro e de
bronze; Dáoud consagrou tudo isso a YÁOHU ULHÍM, assim como os despojos de prata e ouro que
trouxera dos combates contra a Syria, Moabe, Amom, os Palestinos, Amaleque e o rei Hadadezer. 1314Assim
o monarca se tornou muito famoso. Após isso ainda destruiu dezoito mil edomitas, no vale do Sal,
e colocou guarnições militares através da terra de Edom, de forma que toda essa nação foi obrigada a
pagar tributo a Yaoshorúl -outro exemplo da forma como YÁOHUH UL’HÍM o tornou vitorioso para onde quer
que se dirigisse.

Os oficiais de Dáoud

15-18Dáoud reinou com justiça sobre Yaoshorúl, dirigindo os negócios do seu povo com toda a equidade.
Yao-ab (filho de Zeruía) era o general do seu exército. O seu secretário para os assuntos da governação era
YÁOHU-shuafát (filho de Ailude). Tzaodóq (filho de Aitube) e Aimeleque (filho de Abyaoter) eram os sumo
intermediários. Seraia era o secretário particular do monarca. Bina-YÁOHU (filho de YÁOHU-yaoda) era o
capitão da sua guarda pessoal. Os príncipes, filhos do soberano, eram seus assistentes.

2 Shamu-Úl 9

Dáoud e Mephibosheth

1Um dia Dáoud começou inquirindo se haveria ainda alguém da família de Shaúl que estivesse em vida,
pois queria fazer-lhe bem, tal como prometera ao príncipe Yaonaokhán. 2Falaram-lhe então num tal Ziba,
que fora um dos servos de Shaúl. O rei mandou-o chamar: "Chamas-te Ziba?""Sim, chefe, sou eu próprio."
3"Conheces alguém que ainda reste da família de Shaúl? Porque eu queria cumprir a promessa sagrada
que fiz de ser bom para com essa pessoa."Ziba respondeu: "Há um filho de Yaonaokhán, que vive ainda, e
que é coxo." 4"Onde mora ele?", perguntou o rei."Em Lo-Debar, na casa de Maquir." 5-6Dáoud mandou
buscar esse filho de Yaonaokhán e neto de Shaúl, que se chamava Mephibosheth, o qual, quando se
aproximou do soberano, estava cheio de medo e saudou o rei, inclinando-se perante ele em sinal de uma
profunda submissão. 7Mas Dáoud disse-lhe: "Não tenhas receio! Mandei vir-te para que possa fazer-te
bem, de acordo com a promessa que fiz ao teu pai Yaonaokhán. Devolver-te-ei todas as terras do teu avô
Shaúl e viverás aqui no meu palácio!" 8Mephibosheth prostrou-se por terra na frente do monarca: "Mas será
possível que o rei se mostre assim tão bom para com quem não passa de um cão morto, como eu?",
exclamou ele. 9-10Dáoud mandou chamar Ziba, o servo de Shaúl, e disse-lhe. "Dei ao neto do teu chefe
tudo o que pertencia a Shaúl e à sua família. Tu, teus filhos e servos deverão trabalhar as terras para ele,
para que a sua família tenha que comer. Mas quanto a ele próprio, viverá aqui comigo." 11Ziba, que tinha
quinze filhos e vinte servos, replicou: " YÁOHU ULHÍM, farei tudo o que mandaste." Daqui em diante
Mephibosheth passou a comer regularmente com o rei Dáoud, como se fosse um dos seus próprios filhos.
12Mephibosheth tinha um filho pequeno, Mica. Toda a família de Ziba ficou a trabalhar ao serviço de
Mephibosheth; 13mas Mephibosheth ele mesmo, que era coxo dos dois pés, veio para Yaohúshua-oléym
para viver no palácio do rei.

2 Shamu-Úl 10

Dáoud derrota os amonitas


1Algum tempo depois, morreu o rei amonita, e o seu filho Hanum ascendeu ao trono em seu lugar. Dáoud
decidiu o seguinte: 2"Hei-de usar de beneficência para com ele, visto que o seu pai Naás sempre foi leal
para comigo." Por isso Dáoud enviou embaixadores que expressassem as suas condolências a Hanum pelo
falecimento do pai. 3Contudo os conselheiros militares de Hanum falaram desta forma ao rei amonita: "Esta
gente não veio honrar a memória do teu pai. Dáoud mandou-os para espiarem a cidade antes de a atacar!"
4-5Hanum então reteve os homens de Dáoud, rapou-lhes metade da barba, cortou-lhes a roupa que traziam
até à altura das ancas e mandou-os embora meio nus. Quando Dáoud teve conhecimento do que
acontecera, disse-lhes que ficassem em Yáricho até lhes crescer novamente a barba, pois que aqueles
homens estavam incomodados com o aspecto que tinham. 6Nessa altura o povo de Amom deu-se conta de
como tinha suscitado seriamente a ira de Dáoud; em consequência, alugaram vinte mil mercenários sírios,
da terra de Reobe e de Zobá, outros mil ao rei de Maaca e dez mil da terra de Tobe. 7-8Quando contaram
isto a Dáoud, este mandou Yao-ab e todo o exército Yaoshorulíta para os atacar. Os amonitas defendiam as
entradas da cidade, enquanto os sírios de Zobá, Reobe, Tobe e Maaca lutavam no campo. 9-10Yao-ab,
vendo que tinha de lutar em duas frentes, pôs de parte os melhores combatentes da sua tropa e, sob o seu
próprio comando, levou-os a confrontarem-se com os sírios na planície. O resto do exército deixou-o às
ordens do seu irmão Abishái, que devia atacar a cidade. 11-12"Se eu precisar de ajuda contra os sírios,
vem ajudar-me", combinou Yao-ab com ele. "E se forem os amonitas mais fortes do que tu, sou eu quem
virá em teu auxílio. Coragem! Devemos actuar com muita energia se queremos salvar o nosso povo e as
cidades do nosso YÁOHU ULHÍM. Que se faça a vontade de YÁOHU UL." 13Seguidamente, quando Yaoab
e as suas tropas atacaram, os sírios começaram a fugir. 14Por sua vez os amonitas ao verem isso
também se puseram a fugir para dentro da cidade. Yao-ab retirou-se para Yaohúshua-oléym. 15-16Os sírios
viram bem que não eram suficientes para fazer frente ao exército de Yaoshorúl, por isso, ao reagruparemse,
engrossaram os seus efectivos com um contingente adicional, mobilizado por Hadadezer do outro lado
do rio Eufrates. Estas tropas chegaram a Helã sob as ordens de Sobaque, comandante das forças militares
de Hadadezer. 17-19Tendo tido conhecimento disso tudo, Dáoud decidiu chefiar pessoalmente o seu
exército e foi para Helã, onde os sírios tinha atacado. Mas aí os sírios fugiram de novo dos Yaoshorulítas,
mas desta vez deixando mortos no campo de luta setecentos condutores de carros de combate e ainda
quarenta mil cavaleiros, incluindo o general Sobaque. Os aliados de Hadadezer, constatando que os sírios
tinham sido derrotados, renderam-se a Dáoud e tornaram-se seus servos. A partir de então os sírios tiveram
medo de socorrer mais vez alguma os amonitas.

2 Shamu-Úl 11

Dáoud e Bathsheba

1Na Primavera do ano seguinte, altura em que as guerras costumam recomeçar, Dáoud enviou Yao-ab e o
exército Yaoshorulíta destruir os amonitas. Começaram pondo cerco à cidade de Rabá. Dáoud contudo
ficou em Yaohúshua-oléym. 2Uma noite, levantou-se do leito onde repousava e foi para um terraço do seu
palácio. Enquanto passeava reparou numa mulher muito bonita que estava a tomar banho. 3-5Procurou
saber quem era e disseram-lhe que se tratava de Bathsheba, filha de Eliam, mulher de Uri-YÁOHU, heteu.
Mandou-a chamar. Quando veio deitou-se com ela. Aliás a mulher tinha acabado de completar os ritos de
purificação do seu período. Após isso ela voltou para casa. A mulher ficou grávida e mandou avisá-lo. 6O rei
enviou um recado a Yao-ab à frente de batalha: "Que Uri-YÁOHU, o heteu, venha ter comigo". 7-9Quando
este chegou, o monarca perguntou-lhe como ia Yao-ab e a tropa toda, e como iam as acções de combate.
Disse-lhe então que fosse para casa descansar; mais tarde fez-lhe chegar um presente a casa. Uri-YÁOHU
contudo não entrou na sua casa. Ficou à porta do palácio do soberano e ali passou a noite com outros
servos do rei. 10Ao saber o que Uri-YÁOHU fez, Dáoud mandou-o chamar: "Que é que se passa contigo?
Porque é que não foste para casa ter com a tua mulher a noite passada, depois de teres estado longe tanto
tempo?" 11Uri-YÁOHU replicou: "A arca, os exércitos, o general e os seus oficiais estão todos no campo de
batalha, e seria eu quem iria para casa, para beber vinho e dormir com a minha mulher? Juro que nunca me
tornarei culpado de tal acção!" 12-13"Está bem. Fica então aqui e amanhã voltas para o combate." Uri-
YÁOHU manteve-se por ali perto. O monarca convidou-o para jantar, embebedou-o mas mesmo assim ele
não foi a casa nessa noite; tornou a dormir à entrada do palácio. 14-17Por fim, na manhã seguinte Dáoud
escreveu uma carta a Yao-ab e deu-a a Uri-YÁOHU para que lha entregasse. A carta dava instruções a
Yao-ab para pôr Uri-YÁOHU na frente mais acesa da luta, e depois para que se afastassem dele e o
deixassem morrer. Yao-ab destacou Uri-YÁOHU para um sítio junto à cidade sitiada onde ele sabia que
estavam os melhores atiradores do inimigo; dessa forma Uri-YÁOHU foi morto, com mais alguns outros
soldados Yaoshorulítas. 18-21Quando Yao-ab enviou ao rei o relatório do decorrer dos combates, disse ao
mensageiro: "Se o rei ficar furioso e perguntar, 'Então por que é que as tropas se chegaram tão perto da
cidade? Não sabiam eles que havia atiradores de dentro da cidade? Não foi Abimeleque morto em Tebez
por uma mulher que lhe atirou com uma mó de moinho em cima?', diz-lhe assim: 'Uri-YÁOHU também
morreu'." 22O mensageiro chegou a Yaohúshua-oléym e transmitiu o relatório a Dáoud: 23-24"O inimigo
veio sobre nós", disse-lhe, "e quando estávamos a persegui-los até à entrada da cidade, alguns dos nossos,
assim como Uri-YÁOHU, o heteu, foram mortos." 25"Está bem; diz a Yao-ab que não se desencoraje",
respondeu Dáoud. "A espada tanto mata uns como outros! Lutem com mais ardor, para a próxima vez e
conquistem a cidade. Diz-lhe que estou satisfeito com a sua actuação." 26-27Quando Bathsheba soube que
o marido tinha morrido, pôs luto por ele; passado esse período de nojo, Dáoud mandou-a chamar, e trouxe-
a para o palácio; ela tornou-se uma das suas mulheres, e deu à luz o seu filho. No entanto tudo isto que
Dáoud fez pareceu muito mal aos olhos de YÁOHU UL.
2 Shamu-Úl 12

Naokhán repreende Dáoud

1 YÁOHUH UL’HÍM mandou o profeta Naokhán contar esta história a Dáoud: 2-4"Havia dois homens numa
cidade, um deles bastante rico, possuindo rebanhos de cordeiros e manadas de vacas; o outro muito pobre,
que tinha apenas uma pequena ovelha que conseguira comprar e que criara em casa. Crescera com os
seus próprios filhos; muitas vezes tirara do seu prato para lhe dar de comer; dera-lhe a beber do seu copo;
dormira no seu regaço, como uma filha. Recentemente chegou a casa do rico um hóspede. Contudo, em
vez de ir matar um cordeiro do seu rebanho para dar de jantar ao viajante, foi buscar a ovelha do pobre,
assou-a e serviu-a ao convidado." 5-6Dáoud ficou furioso ao ouvir aquilo: "Juro, pelo YÁOHUH UL’HÍM vivo,
que quem quer que fizesse uma coisa semelhante haveria de morrer; haveria de pagar quatro ovelhas pela
que roubou, e por não ter tido misericórdia." 7-10"Foste tu, esse homem rico!", disse-lhe Naokhán. " YÁOHU
ULHÍM o Criador Eterno de Yaoshorúl manda-te dizer: 'Fiz-te rei de Yaoshorúl e salvei-te do poder de
Shaúl. Dei-te um palácio, mulheres, os reinos de Yaoshorúl e de YAOHÚ-dah. E se isso não bastasse, darte-
ia muito, muito mais. Porque é então que desprezaste as leis de YÁOHUH UL’HÍM e praticaste uma acção
tão má? Roubaste a mulher de Uri-YÁOHU e assassinaste-o. Por isso o assasínio será uma constante
ameaça no seio da tua família daqui em diante, pois que me insultaste, tomando para ti a mulher de Uri-
YÁOHU. 11-12Garanto-te que, em razão daquilo que fizeste, a tua própria casa se revoltará contra ti. Darei
as tuas mulheres a outro homem, que fará isso à luz do dia, enquanto que tu fizeste-o secretamente; mas
eu tomarei previdências para que tal se passe abertamente, para que sirva de sinal aos olhos de todo o
Yaoshorúl.'" 13"Pequei contra YÁOHU ULHÍM", confessou Dáoud a Naokhán ste respondeu: "Sim, mas
YÁOHUH UL’HÍM perdoou-te. Não morrerás por causa deste pecado. 14No entanto deste uma grande
oportunidade aos inimigos de YÁOHUH ULpara que o desprezem e blasfemem dele. Visto isso, a criança
que nasceu morrerá." 15-16Naokhán retirou-se. YÁOHUH UL’HÍM permitiu que o menino de Bathsheba
ficasse muito doente. Dáoud implorou a YÁOHUH UL’HÍM que lhe poupasse o filho; deixou de comer e a noite
inteira ficou prostrado no chão, perante YÁOHU ULHÍM. 17-18Os líderes da nação imploravam-lhe que se
levantasse e fosse comer com eles, mas sempre recusou. Então, ao fim de sete dias, o bebé morreu. Os
criados tinham receio de lho ir dizer: "Se ele estava daquela maneira quando a criança se encontrava
doente, o que não será quando lhe comunicarmos que já faleceu?" 19Dáoud, no entanto, reparando
naqueles sussurros, viu bem o que acontecera. "A criança morreu?", perguntou."Sim, já faleceu." 20-21
Então levantou-se, foi-se lavar, arranjou o cabelo, mudou de roupa, dirigiu-se ao tabernáculo e adorou
YÁOHU ULHÍM. Regressou ao palácio e comeu. A criadagem estava atónita: "Não percebemos nada",
disseram-lhe. "Enquanto o criança estava com vida, choraste, recusaste comer; agora que ela está morta,
acabaste com o choro e tornas a comer." 22-23"Se eu jejuei e chorei enquanto a criança vivia, é porque eu
pensava assim: 'Pode ser que YÁOHUH UL’HÍM me faça a graça de permitir que o bebé sobreviva'. Mas por
que razão haveria eu de continuar a jejuar depois de ele morrer? Poderia eu fazê-lo ressuscitar? Eu sim,
poderei ir tem com ele, mas o menino não vem ter mais comigo." 24-25Depois foi consolar Bathsheba.
Tornando a dormir com ela, nasceu-lhe outro filho a quem chamou Shua-ólmoh. YÁOHUH UL’HÍM amou a
criança, e mandou abençoá-la através do profeta Naokhán. O rei chamava ao menino Yedidias, que quer
dizer amado de YÁOHU UL, devido ao interesse que YÁOHUH UL’HÍM manifestou. 26-28Entretanto Yao-ab e
o exército de Yaoshorúl estavam a terminar vitoriosamente o assalto a Rabá, capital dos amonitas. O
general mandou mensageiros a Dáoud: "Rabá, com o seu belo porto, é já nossa! Agora, traz tu o resto do
exército e finaliza o combate, para que obtenhas tu o crédito da vitória e não eu." 29-31Dáoud conduziu o
exército até Rabá e capturou-a. Enormes quantidades de despojo foram trazidas para Yaohúshua-oléym e
Dáoud trouxe também a coroa do rei do adversário -uma peça preciosíssima, feita toda em ouro, cravejada
de pedras preciosas -e colocou-a na sua própria cabeça. Fez escravos da população da cidade e pô-los a
trabalhar com serras, e como serralheiros e fabricantes de tijolos. Foi desta forma que ele capturou todas as
cidades dos amonitas. Depois voltou para Yaohúshua-oléym.
2 Shamu-Úl 13

Amnom e Tamar

1O príncipe Abshalóm, filho de Dáoud, tinha uma irmã muito bonita, chamada Tamar. E o príncipe Amnom,
que era meio-irmão dela, enamorou-se desesperadamente da rapariga. 2Amnom estava tão preso daquele
amor que até ficou doente. Não tinha meios de lhe falar pois que os rapazes e as meninas eram mantidos
estritamente separados. 3Amnom tinha um amigo muito esperto, que era o seu primo YÁOHU-naodáb, filho
de um irmão de Dáoud chamado Chamá. 4Um dia YÁOHU-naodáb perguntou a Amnom: "O que é que se
passa contigo? Porque é que o filho de um rei há-de andar assim definhado, dia após dia?""Estou
apaixonado por Tamar, minha meia-irmã." 5"Pois bem, vou-te dizer o que há a fazer. Vai para a cama e
finge que estás muito doente. Quando teu pai vier ver-te, pede-lhe que Tamar venha preparar-te alguma
comida; diz-lhe que te sentirás melhor quando ela vier trazer-te alimento." 6-7Amnom assim fez. E quando o
rei veio vê-lo, Amnom pediu-lhe por favor que a sua irmã Tamar fosse autorizada a vir preparar-lhe algum
alimento para ele comer. Dáoud concordou e mandou dizer a Tamar que fosse aos aposentos de Amnom
fazer-lhe alguma coisa para comer. 8Ela obedeceu e foi ao quarto dele; começou a amassar farinha e
preparou-lhe um bolo especial. 9Mas quando lho apresentou ele recusou comer: "Quero que toda a gente
saia daqui", disse ele para os criados. E as pessoas sairam todas. 10-11Depois disse para Tamar: "Agora
traz-me tu comida aqui, à cama, e então hei-de comer." A moça assim fez. Mas quando ela estava ali em
frente dele, prendeu-a e pediu-lhe: "Vem, deita-te aqui comigo, minha irmã." 12-13"Oh, não Amnom", gritou
ela. "Não faças uma loucura dessas. Não me forces! Sabes bem o crime tremendo que isso seria em
Yaoshorúl. Eu nem saberia onde esconder-me de vergonha! Tu serias considerado o maior louco da nação!
Por favor, fala ao rei no assunto e ele certamente deixará que me case contigo." 14-15Mas ele não quis
ouvi-la e, como tinha mais força, violentou-a. Mas logo a seguir a sua paixão tornou-se em ódio, e acabou
por odiá-la ainda mais do que a tinha amado. "Sai daqui!", rosnou ele. 16"Não, não! Rejeitares-me agora
seria um crime ainda maior do que o que me fizeste."Mas ele não lhe deu ouvidos. 17Chamou por um
criado e ordenou-lhe: "Tira esta rapariga daqui e fecha a porta atrás dela." 18Assim a expulsou. Ela trazia
vestida uma túnica até aos pés, às cores, com mangas, segundo o que costumava, naqueles dias, ser o
traje das princesas ainda virgens. 19Então rasgou a túnica, pôs cinza por cima de si, cruzou as mãos na
cabeça e foi assim andando e chorando. 20Seu irmão Abshalóm veio ter com ela: "Então sempre é verdade
que Amnom te violentou! Não te angusties, visto que tudo isto se passa em família. Não é caso para ficares
assim!" E Tamar foi morar com o seu irmão Abshalóm, como uma mulher solitária. 21Ao ouvir o que
aconteceu, o rei Dáoud ficou extremamente irado. 22Abshalóm não disse nada a Amnom, porque lhe tinha
um ódio profundo pelo que fizera à irmã.

Abshalóm mata Amnom

23-24Dois anos mais tarde, quando as ovelhas de Abshalóm estavam a ser tosquiadas em Baal-Hazer em
Efroím, Abshalóm convidou o seu pai e todos os irmãos para um banquete, a fim de festejarem a ocasião.
25O monarca respondeu-lhe: "Não, meu rapaz. Se lá fôssemos todos, isso seria um encargo enorme para
ti." Abshalóm insistiu, mas Dáoud não aceitou e mandou-lhe felicitações. 26"Bom, então", disse Abshalóm,
"já que não vens tu, manda em teu lugar o meu irmão Amnom.""Porquê Amnom?", perguntou o rei.
27Abshalóm insistiu muito, até que o rei concordou, e permitiu que os filhos todos lá fossem, incluindo
Amnom. 28Abshalóm avisou os seus homens: "Esperem até que Amnom esteja embriagado e a um sinal
meu matem-no! Não tenham receio. Aqui sou eu quem dá ordens, e é isto que estou a ordenar-vos. Vamos
para a frente e nada de ter medo!" 29Foi dessa maneira que mataram Amnom. Os outros príncipes, seus
irmãos, montaram todos nas suas mulas e fugiram. 30Vinham eles ainda a caminho de Yaohúshua-oléym,
quando chegou aos ouvidos de Dáoud o boato seguinte: "Abshalóm matou todos os irmãos; nem um ficou
em vida!" 31O rei deu um salto, rasgou a roupa que tinha e prostrou-se por terra. Os seus conselheiros,
igualmente, rasgaram a roupa em sinal de amargura. 32-33Mas nessa altura chegou YÁOHU-naodáb
(sobrinho de Dáoud, filho de Chamá) que explicou: "Não, não foi nada disso! Não morreram todos! Só
Amnom foi morto! Abshalóm tinha isto preparado desde que Tamar foi violentada por Amnom. Os teus filhos
não foram todos mortos! Só o foi Amnom." 34Entretanto, Abshalóm fugiu guarda que estava de vigia em
Yaohúshua-oléym sobre a muralha deu aviso que via gente a chegar, em direcção da cidade, ao longo da
estrada que corre junto da colina. 35"Pronto", disse YÁOHU-naodáb ao rei. "Aqui estão eles. Os teus filhos
estão a chegar, tal como te disse." 36Em breve os outros apareceram, a chorar e lamentaram-se. O rei e os
conselheiros também se puseram todos a chorar com eles. 37-39Abshalóm fugiu, pois, para junto do rei
Talmai de Gesur (filho de Amiúde), e lá ficou por três anos. Entretanto Dáoud, agora já conformado com a
morte de Amnom, andava cheio de saudades do seu filho Abshalóm.

2 Shamu-Úl 14

Abshalóm volta a Yaohúshua-oléym

1Quando o general Yao-ab viu que o rei estava saudoso de Abshalóm, 2-3mandou buscar uma mulher de
Tekóa que tinha grande reputação de sabedoria; disse-lhe que pedisse uma audiência ao rei, e ensinou-a
sobre a forma como deveria dirigir-se-lhe: "Faz de contas que estás muito triste. Põe um vestido de luto e
deixa o cabelo desalinhado como se há muito tempo estivesses assim." 4Quando a mulher se aproximou do
rei, caiu com o rosto em terra, na sua frente, e chorou: "Ó rei! Ajuda-me!" 5-7"Que tens tu?""Sou uma pobre
viúva; os meus dois filhos guerrearam entre si, e como não havia ninguém para os separar, um deles foi
morto. Agora o resto da família exige que eu entregue o outro para ser executado por ser o assassíno do
irmão. Mas se assim fizer, fico sem ninguém na vida, e o nome do meu marido desaparecerá." 8"Deixa isso
comigo", disse-lhe o rei. "Eu me encarrego de que ninguém lhe toque." 9"Oh, muito obrigado, meu chefe.
Tomarei sobre mim a responsabilidade desse acto, se houver alguém que venha a criticar-te por me teres
ajudado." 10"Não te preocupes. Se houver alguém que se oponha a isso, traz-mo cá. Garanto-te que nunca
mais levantará oposição!" 11Então ela disse: "Por favor, jura-me diante de YÁOHUH UL’HÍM que não deixarás
ninguém fazer mal ao meu filho. Não quero que haja mais sangue derramado.""Juro diante de YÁOHU
ULHÍM que nem um só cabelo da cabeça do teu filho lhe será arrancado por esse motivo." 12"Agora deixa-
me pedir-te mais uma coisa!", disse a mulher."Podes falar". 13-14"Porque não fazes com todo o resto do
povo de YÁOHUH UL’HÍM o mesmo que prometeste fazer comigo? Condenaste-te a ti mesmo, ao tomar essa
decisão, visto que tens recusado deixar regressar a casa o teu próprio filho, que foi banido. Todos nós
estamos destinados a morrer um dia; a nossa vida é como água no chão -não se pode juntar outra vez.
Mas YÁOHUH UL’HÍM te abençoará com muitos mais dias de vida se souberes encontrar uma forma de fazer
voltar o teu filho do exílio em que se encontra. 15-17E se eu vim rogar-te isto, a propósito de um filho meu
cuja vida, tal como a minha, estaria ameaçada, é porque disse para comigo: 'Talvez o rei me ouça e me
salve dos que pretendem pôr fim à nossa existência em Yaoshorúl. Sim, o rei dar-nos-á paz, de novo.' Eu
sei que és como o anjo de YÁOHUH UL’HÍM e podes discernir o bem do mal. Que YÁOHUH UL’HÍM seja
contigo." 18"Quero que me digas uma coisa", replicou o rei."Sim, meu chefe." 19-20"Foi Yao-ab quem te
mandou aqui?"E a mulher replicou: "Como poderei eu negá-lo? Com efeito Yao-ab mandou-me cá e disse-
me o que havia de falar. Fez isso para que este assunto te fosse apresentado sob uma luz diferente. Mas tu
tens a sabedoria de um anjo de YÁOHUH ULe sabes bem como as coisas se fazem!" 21O monarca
convocou Yao-ab e disse-lhe: "Está bem. Faz o necessário para que Abshalóm regresse." 22Yao-ab
inclinou-se até ao chão perante o soberano e abençoou-o: "Assim verifico que o rei gosta de mim, visto que
esteve de acordo com o meu pedido." 23Yao-ab foi até Gesur e trouxe Abshalóm de volta para Yaohúshuaoléym.
24"Ele deve ir habitar os seus próprios aposentos", mandou o rei. "Não deverá nunca comparecer
aqui. Recuso vê-lo." 25-27Acontecia aliás que Abshalóm era dos homens mais belos que havia em
Yaoshorúl; toda a sua aparência, dos pés à cabeça, era agradável. A cabeça tinha um cabelo extremamente
farto: só cortava o cabelo uma vez no ano, e fazia-o porque lhe chegava a pesar quilo e meio e não
aguentava esse incómodo! Tinha três filhos e uma filha, Tamar, que era uma bela rapariga. 28Depois de já
estar em Yaohúshua-oléym há dois anos, Abshalóm ainda não tinha visto o rei. 29Por isso mandou pedir a
Yao-ab que intercedesse por ele; mas Yao-ab não lhe respondeu. O príncipe insistiu, e de novo o outro
recusou dar-lhe resposta. 30Então Abshalóm disse aos seus criados que pusessem o fogo num campo de
centeio que Yao-ab possuía, ali ao lado do seu. Foi o que fizeram. 31Nessa altura Yao-ab veio falar-lhe:
"Porque é que os teus criados puseram fogo no meu campo?" 32"Porque eu queria perguntar-te a razão por
que o rei me mandou vir de Gesur se não tinha a intenção de me ver. Sendo assim, bem podia ter ficado
onde estava. Faz com que eu possa ter um encontro com o meu pai, e se ele achar que eu sou culpado de
assassínio, então que me mande executar." 33Yao-ab foi dizer ao monarca o que Abshalóm lhe comunicara
e por fim Dáoud chamou Abshalóm. Este, quando compareceu, inclinou-se por terra perante o rei, que o
beijou.

2 Shamu-Úl 15

A conspiração de Abshalóm

1Abshalóm comprou um carro ao qual mandou atrelar cavalos e alugou cinquenta homens que corressem
diante dele. 2Levantava-se cedo de manhã e ia para a entrada da cidade. Quando alguém trazia um caso
qualquer para o submeter ao julgamento do rei, Abshalóm chamava-o e expressava-lhe o seu interesse pelo
problema. 3-4"Estou a ver que tens razão nesse assunto. Infelizmente o rei não tem ninguém que o assista
para ouvir esses casos. Eu bem desejaria ser juiz, para que uma pessoa que tivesse uma causa a
apresentar pudesse vir ter comigo e eu lhe faria justiça!" 5-6Além disso, se alguém se chegava e lhe fazia
uma reverência, ele dava-lhe um abraço de saudação, com um beijo! Dessa forma ia roubando os corações
de todo o povo de Yaoshorúl a seu favor. 7-8Ao cabo de quatro anos Abshalóm disse ao rei: "Deixa-me ir
até Hebron para fazer um sacríficio a YÁOHUH UL’HÍM em cumprimento de um voto que lhe fiz quando
estava em Gesur -e que era que se pudesse regressar a Yaohúshua-oléym, lhe apresentaria um
holocausto." 9-12O rei disse-lhe: "Está certo, vai e cumpre com o teu voto." O príncipe dirigiu-se a Hebron.
Mas enquanto lá estava, mandou gente a todas as partes de Yaoshorúl, incitando a população à revolta
contra o rei: "Logo que ouçam as trombetas", dizia a mensagem que enviava, "saberão que Abshalóm foi
coroado rei em Hebron". Levou consigo duzentos homens de Yaohúshua-oléym, como hóspedes, mas que
nada sabiam das suas intenções. Enquanto oferecia o sacrifício, mandou buscar Aitofel, um dos
conselheiros de Dáoud que vivia em Gilo. Aitofel declarou-se a favor de Abshalóm, tal como muitos outros.
E assim a conspiração se tornou muito forte.

A fuga de Dáoud

13Em breve chegou a Yaohúshua-oléym um mensageiro que contou ao rei Dáoud o que se passava:
"Yaoshorúl em peso está a conspirar contra ti, a favor de Abshalóm!" 14"Então teremos de fugir já, antes
que seja tarde demais!", foi a resposta imediata de Dáoud ao homem. "Se sairmos da cidade antes que ele
chegue, tanto nós como a própria cidade poderão ser poupados." 15"Nós estamos contigo", disseram-lhe os
conselheiros. "Faz o que achares melhor." 16-18Então o rei e a sua casa sairam da cidade logo. Não deixou
mais ninguém no palácio se não dez das suas mulheres mais novas, para manterem a casa em ordem.
Dáoud parou num dos limites da cidade para deixar as suas tropas passarem-lhe à frente -seiscentos
homens de Gate, que dali tinham vindo com ele, mais os quereteus e os peleteus. 19-20Mas voltando-se
para Itai, o capitão dos seiscentos giteus, disse-lhe "Para que é que hás-de tu vir connosco? Vai ter com os
teus homens em Yaohúshua-oléym, e com o teu rei, pois és um hóspede em Yaoshorúl, um estrangeiro no
exílio. Até parece que foi ontem que aqui chegaste e havia eu de te obrigar a andar vagueando connosco,
sabe-se lá para onde? Volta para trás com as tuas tropas e que YÁOHUH UL’HÍM use de misericórdia e de
fidelidade para contigo." 21Mas Itai retorquiu: "Juro, perante YÁOHUH UL’HÍM e pela tua própria vida, que
para onde quer que vás irei eu, aconteça o que acontecer, quer isso represente vida ou morte." 22Dáoud
respondeu: "Está bém, podes vir connosco."Assim Itai e os seus seiscentos homens continuaram com ele.
23Havia uma tristeza profunda através da cidade, enquanto o rei ia passando, com os que o
acompanhavam, e enquanto atravessava o ribeiro de Kidron, e ia pelo campo. 24-26Abyaoter e Tzaodóq
mais os Levítas levaram a arca da aliança de YÁOHUH UL’HÍM e colocaram-na por terra, até que toda a
gente passou. Depois, de acordo com instruções de Dáoud, Tzaodóq voltou com a arca para a cidade. "Se
YÁOHUH UL’HÍM achar bem", disse Dáoud, "fará com que regresse para tornar a ver a arca e o tabernáculo.
Mas se desejar que a minha carreira acabe, pois bem, que se faça a sua vontade." 27-28O rei disse ainda o
seguinte a Tzaodóq: "Ouve-me, este é o meu plano: Volta sossegadamente para a cidade com o teu filho
Ahimaóz mais Yaonaokhán, o filho de Abyaoter. Faz-me conhecer o que se vai passando em Yaohúshuaoléym,
enquanto me refugio no deserto." 29Tzaodóq e Abyaoter levaram a arca de YÁOHUH UL’HÍM para
trás, para a cidade e ali ficaram. 30Dáoud subiu pelo caminho que conduz ao Monte das Oliveiras, chorando
à medida que ia caminhando. Ia de cabeça coberta, em sinal de profunda consternação. O povo que o
acampanhava ia também de cabeça coberta e chorava, à medida que iam subindo o monte. 31Quando
alguém veio dizer ao rei que Aitofel, seu conselheiro, se tinha passado para o lado de Abshalóm, Dáoud fez
a seguinte oração: "Ó YÁOHU ULHÍM, faz com que os conselhos de Aitofel sejam transtornados!" 32Toda a
gente chegou finalmente ao cimo do Monte das Oliveiras e o povo adorou YÁOHU ULHÍM. Dáoud encontrou
aí Husai, o arquita, esperando por ele, com a roupa rasgada e terra sobre a cabeça. 33-36O rei disse-lhe:
"Se tens a intenção de me seguir, fica sabendo que me levantarás problemas. Volta antes para Yaohúshuaoléym
e diz a Abshalóm, 'Estou ao teu serviço, como estive antes ao serviço do teu pai'. Assim poderás
contraporte aos conselhos de Aitofel. Tzaodóq e Abyaoter, os intermediários, já lá estão. Dá-lhes a
conhecer tudo o que ouvires, e eles hão-de enviar-me Ahimaóz e Yaonaokhán a vir ter comigo para me
dizerem o que se vai passando por lá." 37Dessa forma Husai, o amigo de Dáoud, voltou para a cidade, na
altura em que Abshalóm também lá chegava.

2 Shamu-Úl 16

Dáoud e Ziba

1Dáoud estava justamente a começar a descida do outro lado do monte quando Ziba, o governante da casa
de Mephibosheth, o encontrou. Ia conduzindo dois burros carregados com duzentos pães e cem cachos de
passas mais um odre de vinho. 2"Para quem é isso?", perguntou-lhe o soberano."Os burros são para que a
gente da tua casa monte neles; o pão e as passas são para os teus moços comerem. O vinho deverá ir
contigo para o deserto para dar aos que possam vir a desfalecer." 3"E onde está Mephibosheth?",
perguntou-lhe o rei iba respondeu: "Ficou em Yaohúshua-oléym, pois disse que agora se tornaria rei e que
poderia recuperar o reino do seu avô Shaúl." 4O rei disse a Ziba: "Nesse caso dou-te a ti tudo quanto
pertence a Mephibosheth.""Fico profundamente grato, meu chefe", respondeu Ziba.

Simei amaldiçoa Dáoud

5-6Ao passar por Baurim, saiu da povoação um homem que os amaldiçoava. Era Simei, filho de Gera,
membro da família de Shaúl. Atirava pedras ao rei e aos seus chefes militares, assim como aos
combatentes de elite que rodeavam o monarca. 7-8"Sai daqui assassino, patife!", gritava ele para Dáoud. "
YÁOHUH UL’HÍM está a fazer-te pagar o teres assassinado Shaúl e a sua família; roubaste-lhe o trono e
agora YÁOHUH UL’HÍM o deu ao teu filho Abshalóm! Agora é a tua vez de provares o sabor da desgraça,
malandro!" 9"Porque é que havemos de deixar este cão morto estar a amaldiçoar o rei, meu chefe?",
perguntou Abishái. "Deixa-me ir ter com ele e esmagar-lhe a cabeça!" 10"Não", disse o rei. "Se foi YÁOHU
ULHÍM quem o mandou amaldiçoar-me, quem sou eu para o impedir? 11-12O meu próprio filho pretende
matar-me; este filho de Benyamín apenas me amaldiçoa. Deixa-o em paz, pois que foi, sem dúvida, YÁOHU
ULHÍM quem o mandou fazer isso. Talvez aconteça que YÁOHUH UL’HÍM veja como estou a ser humilhado e
acabe por me abençoar, por causa destas maldições." 13-14Dáoud com a sua gente continuou o caminho,
enquanto Simei se mantinha na encosta da colina que estava em frente a amaldiçoá-lo, a atirar-lhe pedras e
terra para o ar. Tanto o rei como os outros todos estavam cansados quando atingiram o rio Yardayán, por
isso pararam ali a descansar.

O conselho de Husai e Aitofel

15-16Entretanto Abshalóm chegava a Yaohúshua-oléym com os seus homens e acompanhado de Aitofel.
Quando o amigo de Dáoud, Husai o arquita, chegou foi imediatamente ver Abshalóm. "Viva o rei!",
exclamou ele. "Viva o rei!" 17"Será justo essa forma de te conduzires em relação ao teu amigo Dáoud?",
perguntou-lhe Abshalóm. "Porque não está tu com ele?" 18-19"Porque trabalho para o homem que foi
escolhido pelo YÁOHUH UL’HÍM e por Yaoshorúl", replicou Husai. "E demais, porque havia eu de estar com
ele? Colaborei com o teu pai e agora colaboro contigo!" 20Abshalóm aconselhou-se com Aitofel: "Que devo
eu fazer agora?" 21Aitofel disse-lhe: "Vai deitar-te com as mulheres do teu pai, aquelas que ele deixou aqui
para manter a casa em ordem. Todo o Yaoshorúl verá que o insultas de forma a tornar impossível qualquer
reconciliação; e dessa forma a população cerrará fileiras atrás de ti." 22Foi então levantada uma tenda num
dos terraços do palácio, que toda a gente podia ver, e ali Abshalóm possuía as mulheres que o seu pai
tinha. 23Abshalóm fez tudo o que Aitofel lhe dizia, tal como aconteceu com Dáoud; é que através de cada
palavra de Aitofel se descobria por detrás a sabedoria de YÁOHU ULHÍM.

2 Shamu-Úl 17

1"Agora", disse-lhe Aitofel, "dá-me doze mil homens para que vá atrás de Dáoud esta noite. 2-3Cairei sobre
ele enquanto está cansado e abatido, e as suas tropas ficarão em pânico e fugirão; procurarei matar apenas
o rei, poupando os que estão com ele, os quais te trarei posteriormente." 4Abshalóm e todos os anciãos de
Yaoshorúl aprovaram este plano. 5No entanto Abshalóm ainda deu a seguinte ordem: "Perguntem a Husai,
o arquita, o que é que ele pensa disso". 6Quando Husai chegou, Abshalóm pô-lo ao corrente do plano de
Aitofel, e perguntou-lhe. "Qual é a tua opinião? Achas que devemos seguir os conselhos de Aitofel? Se não
tens a mesma opinião, fala à vontade." 7-10"Pois bem", respondeu Husai, "desta vez Aitofel engana-se.
Conheces bem o teu pai e os seus homens; são valentes guerreiros e provavelmente estão tão revoltados
como uma ursa a quem tenham roubado as crias. Além disso, o teu pai, que é um velho soldado, não iria
passar a noite no meio da sua tropa. Muito possivelmente está já escondido nalguma cova ou gruta.
Quando aparecer para atacar, bastará que alguns dos teus homens caia para que se gere o pânico e todos
se ponham a gritar em como a tua gente está sendo morta toda. Então até os mais bravos de entre eles,
mesmo com o coração de leões, ficarão paralisados de medo. Porque todo o povo inteiro sabe como o teu
pai é um homem poderoso e como são corajosos os seus soldados. 11-13Portanto a minha sugestão é que
mobilizes todo o exército de Yaoshorúl, desde Dayán até Beer-Shéva, para que a tua força seja grande.
Acho mesmo que deverias conduzir pessoalmente esse exército. E quando nos encontrarmos com ele
poderemos destruí-los na totalidade, sem que fique um só com vida. No caso do teu pai se ter escondido
nalguma cidade, teremos de qualquer forma todo o exército de Yaoshorúl sob as tuas ordens, e poderemos
levar cordas, derrubar as muralhas e fazer delas um montão de pedras no vale mais próximo." 14Abshalóm
e todas as outras pessoas acharam o conselho de Husai melhor que o de Aitofel. Mas era YÁOHU ULHÍM
quem estava a intervir para que a opinião deste último fosse derrotada, embora fosse mais sensata, para
que a iniciativa de Abshalóm falhasse. 15Husai disse a Tzaodóq e a Abyaoter, os intermediários, o que
Aitofel aconselhara e o que ele próprio contrapusera. 16"Depressa!", disse-lhes ele. "Procurem Dáoud e
digam-lhe que não fique nas margens do Yardayán esta noite, mas que passe já para além do deserto, se
não, morrerá, ele e todo o seu exército." 17-19Yaonaokhán e Ahimaóz tinham ficado em En-Rogel, para não
serem vistos a entrarem e a sairem da cidade. Tinham combinado antes, que uma criada lhes levaria a
mensagem a ser entregue a Dáoud. No entanto houve um rapaz que os viu deixar En-Rogel para ir ter com
Dáoud, e que veio dizê-lo a Abshalóm. Contudo eles puderam ainda ocultar-se em Baurim, onde alguém os
escondeu dentro dum poço no seu jardim. A mulher desse indivíduo pôs um pano a tapar a boca do poço,
deitou-lhe grão em cima, como se fosse para secar ao sol, e ninguém suspeitou do esconderijo. 20Quando
a gente de Abshalóm chegou ali e perguntou à mulher se tinha visto Ahimaóz e Yaonaokhán, ela disse-lhe
que tinham atravesado o ribeiro e passado além. Assim, cansaram-se de os procurar e voltaram para trás.
21Os dois filhos dos intermediários entretanto sairam do poço e correram até junto de Dáoud: "Rápido,
atravessa já o Yardayán, esta noite mesmo!" E deram-lhe a conhecer como Aitofel tinha aconselhado a que
ele fosse capturado e morto. 22Dáoud e todos os que estavam com ele atravessaram o rio durante a noite e
de madrugada estavam do outro lado. 23Aitofel, vendo que o seu conselho não foi seguido, albardou um
jumento, foi para a povoação onde morava, pôs em ordem as suas coisas e enforcou-se. Assim morreu e foi
enterrado junto do seu pai. 24-25Dáoud em breve chegou a Maanaim. Abshalóm, durante esse tempo,
mobilizou todo o exército de Yaoshorúl e atravessou o rio Yardayán. Nomeou Amosa como general do seu
exército, em substituição de Yao-ab. (Amosa era primo em segundo grau de Yao-ab; seu pai era Itra, um
Ishmaulita, e sua mãe, Abigaúl, filha de Naás, irmã de Zeruía, a mãe de Yao-ab.) 26Abshalóm e as tropas
Yaoshorulítas acamparam na terra de Gaúliod. 27-29Quando Dáoud chegou a Maanaim, foi muito bem
recebido por Sobi (filho de Naás de Rabá, um amonita) e por Maquir (filho de Amiul de Lodebar) e por
Barzilai (um gileadita de Rogelim). Trouxeram-lhes colchões, vasilhas de barro, trigo, cevada, farinha, grão
torrado, favas e lentilhas também torradas, assim como mel, manteiga e queijo. Porque diziam: "Devem
estar muito cansados, com fome e com sede depois de uma marcha tão longa pelo deserto".

2 Shamu-Úl 18

A morte de Abshalóm

1-2Dáoud nomeou comandantes de companhia para as tropas que o seguiam. Um terço foi colocado às
ordens do irmão de Yao-ab, Abishái, filho de Zeruía; outro terço sob o comando de Itai, o giteu. O monarca
planeou conduzir ele próprio as suas forças armadas, mas os conselheiros objectaram a isso fortemente:
3"Não deves fazer tal coisa, porque se tivermos que fugir, e mesmo que aconteça que metade de nós venha
a morrer, eles não ligarão a isso, visto que só pretendem a tua pessoa. Tu vales o mesmo que dez mil de
entre nós. Portanto é muito melhor que fiques aqui na cidade e que nos mandes ajuda, se viermos a
precisar." 4-5"Bom, pois seja como melhor entenderem". Assim, ficou à porta da cidade até que toda a tropa
passou. Deu mais a seguinte ordem a Yao-ab, a Abishái e a Itai: "Peço-vos, por amor de mim, que tratem
bem o meu rapaz, Abshalóm." Todos os soldados ouviram esta recomendação do soberano. 6-10A batalha
travou-se na floresta de Efroím, e as tropas Yaoshorulítas foram batidas pelos homens de Dáoud. Houve
mesmo uma enorme matança: vinte mil homens deixaram ali as suas vidas. A luta estendeu-se por todo
aquele campo e foram mais os que desapareceram na floresta do que os que foram mortos. Durante a
refrega Abshalóm encontrou-se com alguns dos homens mais chegados a Dáoud, e ao pôr-se em fuga na
sua mula, esta meteu-se debaixo da ramagem espessa de um grande carvalho, ficando-lhe a cabeça presa
ali. A mula continuou a correr e deixou-o assim pendurado. Um dos homens de Dáoud viu-o e veio dizer a
Yao-ab. 11"O quê? Então tu viste-o nessa situação e não o mataste?", exclamou Yao-ab. "Ter-te-ia
recompensado generosamente e promovido a oficial." 12-13"Mas eu é que nem por uma fortuna o teria
feito", replicou o homem. "Todos nós ouvimos o rei dizer-te, a ti, a Abishái e a Itai: 'Por amor de mim, peço-
vos que não tratem mal o meu rapaz Abshalóm'. E se eu tivesse traído o rei, matando-lhe o filho, e o rei com
certeza que haveria de descobrir quem o fez, e tu haverias de ser o primeiro a acusar-me." 14-17"Não
posso estar aqui a perder tempo contigo", respondeu Yao-ab. Depois pegou em três dardos e foi enterrá-los
no coração de Abshalóm, enquanto ainda estava pendurado, vivo, nos ramos do carvalho. Dez dos pajens
de armas de Yao-ab atiraram-se seguidamente sobre o príncipe e acabaram com ele. Yao-ab mandou tocar
a trombeta e a tropa deixou de perseguir o exército dos Yaoshorulítas. Pegaram posteriormente no corpo de
Abshalóm e atiraram-no numa funda cova ali na floresta, fazendo um grande monte de pedras sobre ele. Os
soldados do exército Yaoshorulíta fugiram todos, cada um para sua casa. 18 -E Abshalom ainda em vida fez monumento que está no vale – pois dizia :  eu mencionei o meu nome por um ano e apelei sobre monumento e o rei disse que não. Então fez e chamou-lhe o monumento pelo seu nome,  Abshalom.(corrigido se baseando do texto hebraico)
Dáoud chora a morte de Abshalóm

19Ahimaóz, o filho de Tzaodóq disse: "Vamos a correr ter com o rei Dáoud para lhe dar a grande notícia
que YÁOHUH UL’HÍM o salvou do seu inimigo Abshalóm." 20"Não", respondeu-lhe Yao-ab, "isso não seria
uma boa notícia para ele dizer-lhe que o filho morreu. Poderás transmitir-lha mais tarde." 21E dirigindo-se a
um homem de Cuche: "Vai dizer ao rei o que viste acontecer". O homem inclinou-se e partiu a correr. 22Mas
Ahimaóz insistiu com Yao-ab: "Por favor, deixa-me ir eu também."Yao-ab respondeu: "Não, por agora não
precisamos de ti, meu rapaz. Não temos mais mensagens a transmitir, neste momento." 23"Está bem, mas
deixa-me ir de qualquer maneira." Yao-ab por fim cedeu: "Está bem; vai lá então." Ahimaóz tomou um atalho
através da planície e conseguiu chegar antes do homem de Cuche. 24-25Dáoud estava sentado à porta da
cidade. A sentinela, ao subir os degraus que levam ao seu posto no alto da muralha, viu alguém sozinho a
correr em direcção à cidade, e gritou dali para o rei: "Há um homem que se aproxima, sozinho"."Se vem só,
é porque traz notícias", respondeu-lhe nquanto o mensageiro se aproximava correndo, 26a sentinela
reparou noutro indivíduo que também vinha à pressa correndo para ali, e gritou: "Há mais outro que se
aproxima"."É porque traz ainda mais notícias", replicou o soberano. 27"O primeiro está-me a parecer que se
trata de Ahimaóz, o filho de Tzaodóq", disse mais o vigia."É um bom rapaz, certamente que traz boas
notícias", acrescentou o rei. 28Então Ahimaóz gritou, ainda de longe, para o rei: "Vai tudo bem!", e inclinou-
se por terra quando chegou à presença do rei, dizendo: "Bendito seja YÁOHU ULHÍM, teu Criador Eterno,
que destruiu os rebeles que ousaram levantar-se contra ti." 29"E que é feito do jovem Abshalóm!",
perguntou o rei. "Ele está bem?"Ahimaóz respondeu: "Quando Yao-ab me disse para vir cá, havia uma
grande confusão, por isso não sei." 30"Espera aí, não te vás embora." Ahimaóz ficou ali ao lado, de pé.
31Por fim chegou o homem de Cuche e disse: "Tenho boas notícias a dar ao rei, meu chefe. Hoje YÁOHU
ULHÍM salvou-te de todos aqueles que se revoltaram contra ti." 32"E quanto ao meu rapaz, Abshalóm? Ele
está bem?"O homem de Cuche respondeu: "Que todos os teus inimigos esteja como está agora esse
jovem!" 33O rei rompeu em lágrimas, foi para os seus aposentos sobre a entrada da cidade, chorando
enquanto andava. "Ó meu filho Abshalóm, meu filho, meu querido filho Abshalóm. Se ao menos eu pudesse
ter morrido em teu lugar! Ó Abshalóm, meu filho, meu filho!"

2 Shamu-Úl 19

1-2Chegou aos ouvidos de Yao-ab que o rei estava a chorar e a lamentar-se por causa da morte de
Abshalóm. Quando o povo soube da profunda tristeza do rei por causa da perda do filho, desapareceu a
alegria que tinha marcado aquele dia de vitória, tornando-se em amargura para todos. 3Toda a tropa
regressou cabisbaixa à cidade, como se estivessem com vergonha e tivessem sido batidos na luta. 4O rei
cobria o rosto com as mãos e continuava chorando: "Ó meu filho Abshalóm! Ó Abshalóm, meu filho, meu
querido rapaz!" 5-7Yao-ab foi ter com o rei aos seus aposentos e disse-lhe: "Nós hoje salvámos-te a vida e
a dos teus filhos, filhas, mulheres e concubinas, e tu tomas uma atitude destas, fazendo-nos até sentir
envergonhados, como se tivéssemos feito uma má acção. Parece mesmo que amas os que te odeiam, e
odeias os que te amam. Aparentemente, nós nada valemos aos teus olhos. Se Abshalóm estivesse vivo, e
todos tivéssemos morrido, então sim, estarias feliz! Peço-te então que saias e vás felicitar a tropa; pois juro-
te, diante de YÁOHU ULHÍM, que se não o fizeres, nem um só deles aqui ficará esta noite. E isto será muito
pior para ti do que o mal que te tem acontecido a vida inteira." 8O rei saiu de casa, foi sentar-se à entrada
da cidade e quando começou a saber-se que o rei estava ali, as pessoas vieram ter com ele ntretanto, os
Yaoshorulítas que apoiavam Abshalóm tinham fugido para as suas casas. 9E havia grande controvérsia por
toda a nação, e o povo perguntava: "Porque é que não tratamos de trazer outra vez o rei? Foi ele quem nos
salvou dos nossos inimigos, os Palestinos. 10Abshalóm, que nós coroámos em lugar do pai, está agora
morto. Vamos então buscar Dáoud e fazê-lo de novo o nosso rei."

Dáoud volta a Yaohúshua-oléym

11-12Dáoud enviou Tzaodóq e Abyaoter, intermediários, dizer aos anciãos de YAOHÚ-dah: "Por que razão
são vocês os últimos a restabelecer o rei? Todo o Yaoshorúl está pronto e só vocês não. Vocês são meus
irmãos, a minha própria tribo, a minha carne e meu sangue!" 13-14Disse-lhe ainda que falassem com
Amosa o seguinte: "Sendo que és meu sobrinho, que YÁOHUH UL’HÍM me castigue se não te nomear
comandante do meu exército, em lugar de Yao-ab." Então Amosa conseguiu convencer todos os chefes de
YAOHÚ-dah, os quais responderam unanimemente, mandando um recado ao soberano: "Volta para nós,
com os que estão contigo." 15O rei então partiu de regresso a Yaohúshua-oléym. E quando chegou ao rio
Yardayán, parecia até que toda a população de YAOHÚ-dah inteira tinha vindo a Gilgal para o encontrar e o
escoltar atravessando o rio! 16-18Simei (o filho de Gera de Benyamín), o homem de Baurim, correu na
companhia da gente de YAOHÚ-dah para dar as boas vindas ao rei Dáoud. Um milhar de indivíduos da tribo
de Benyamín estava com ele, incluindo Ziba, o servo de Shaúl, mais os quinze filhos de Ziba e vinte dos
seus criados. Desceram à pressa até ao Yardayán e chegaram à presença do rei. Esforçaram-se então
prestavelmente no transporte de todo o pessoal da casa real e das tropas, e ajudaram em tudo o que foi
possível uando foi a vez do rei passar, Simei prostrou-se perante ele, e rogou-lhe: 19-20"Ó rei, meu chefe,
peço-te que me perdoes e esqueças a conduta perversa que tive quando deixaste Yaohúshua-oléym; sei
muito bem quanto pequei. É por isso que aqui vim hoje; fui a primeira pessoa de toda a tribo de YÁOHU-saf
que te deu as boas vindas." 21Abishái perguntou: "Não deverá Simei morrer, visto que amaldiçoou o rei
eleito pelo YÁOHU ULHÍM?" 22"Não quero que fales dessa maneira diante de mim!", exclamou Dáoud.
"Este dia não deverá ser um dia de execuções mas antes de congratulações. Eu tornei a ser rei de
Yaoshorúl!" Depois, voltando-se para Simei, garantiu-lhe: 23"A tua vida será poupada". 24-25Mephibosheth,
neto de Shaúl, saiu de Yaohúshua-oléym para ir encontrar-se com o rei. Não tinha lavado os pés, nem a
roupa que vestia, nem feito a barba, desde o dia em que o monarca deixara Yaohúshua-oléym. "Porque é
que não vieste comigo, Mephibosheth?", perguntou-lhe o rei. 26-28Mephibosheth respondeu: "Ó meu chefe,
meu rei, Ziba o meu criado enganou-me. Eu disse-lhe, 'Sela-me o meu asno, para que possa ir com o rei'.
Pois como sabes, sou coxo. Mas Ziba caluniou-me, dizendo que eu recusara ir contigo. Mas tu és como um
anjo de YÁOHU ULHÍM, portanto, aquilo que decidires está certo. Eu e os meus familiares só tínhamos o
direito de esperar a morte da tua parte, mas em vez disso honraste-me, integrando-me entre os que comem
à tua própria mesa! Por isso como posso eu queixar-me?" 29"Está bem", respondeu Dáoud. "A minha
decisão é que tu e Ziba dividam a terra equitativamente entre os dois." 30"Podes dar-lhe a terra toda", disse
Mephibosheth. "Eu já estou feliz que tenhas voltado!" 31-32Barzilai, o gileadita, que tinha abrigado e dado
de comer ao rei, durante o tempo em que esteve exilado em Maanaim, veio de Rogelim para acompanhar o
monarca na sua passagem do Yardayán. Era um homem muito idoso, com oitenta anos, mas gozando de
um grande bem-estar. 33"Passa comigo para o outro lado e vem viver para Yaohúshua-oléym", disse-lhe o
soberano. "Estarás ali sob os meus cuidados." 34-37"Não, já sou demasiado velho para isso. Estou com
oitenta anos e a vida agora para mim já não tem muitos atractivos. Comida e bebida deixaram de me
interessar muito; as diversões não são coisa atrás das quais eu corra. Acabaria por me tornar nada mais do
que um fardo para o meu chefe e rei. A única honra que peço neste momento é a de poder atravessar o rio
contigo! Depois, que me deixem voltar para a minha terra e lá morrer, aí onde meu pai e minha mãe jazem
enterrados. Mas está aqui o meu filho Quimã. Ele que vá contigo e que receba todos os benefícios que
queiras dar-lhe. 38O rei concordou: "Está bem. Quimã que me acompanhe e farei por ele tudo aquilo que
queria fazer por ti." 39-40Todo o povo atravessou o Yardayán com o rei. Dáoud beijou e abençoou Barzilai,
o qual voltou para casa. O monarca continuou até Gilgal, levando consigo Quimã. Grande parte da
população de YAOHÚ-dah e metade de Yaoshorúl ali estavam para o saudar. 41No entanto os homens de
Yaoshorúl lamentaram-se perante o rei pelo facto de somente a gente de YAOHÚ-dah o ter ajudado no
transporte através do rio Yardayán, ao rei e à sua casa. 42"E que mal há nisso?", perguntaram os de
YAOHÚ-dah. "O rei é da nossa tribo. Por que razão haviam vocês de se sentir por isso? Nós não lhe
pedimos nada em troca -o rei não nos forneceu nem concedeu nada em recompensa!" 43"Mas há dez
tribos em Yaoshorúl", responderam os outros, "temos dez vezes mais direitos em relação à pessoa do rei do
que vocês. Porque não nos convidaram? E lembrem-se duma coisa, nós fomos os primeiros a falar em
tornar a restabelecer o nosso rei." Continuaram a discutir, mas os homens de YAOHÚ-dah acabaram por ter
mais força nos seus argumentos.

2 Shamu-Úl 20

Seba rebela-se contra Dáoud

1Aconteceu que um extremista revoltado que se chamava Seba (filho de Bicri da tribo de Benyamín) tocou
trombeta e gritou para toda a gente: "Nós não temos nada a ver com Dáoud; não nos interessa partilhar do
seu destino! Gente de Yaoshorúl: Vamos embora daqui! Ele não é nosso rei!" 2E, com excepção de
YAOHÚ-dah, deixaram de seguir Dáoud e foram atrás de Seba. Os homens de YAOHÚ-dah ficaram com o
seu rei, acompanhando-o do Yardayán até Yaohúshua-oléym. 3Quando chegou ao seu palácio, o rei deu
instruções para que as suas dez mulheres, que deixara para guardaram o palácio, ficassem a viver retiradas
num aposento próprio. Seriam sustentadas devidamente, mas o rei não mais teria relações com elas, como
suas mulheres. E assim ficaram, virtualmente viúvas, até falecerem. 4-5Então o rei deu instruções a Amosa
para mobilizar o exército de YAOHÚ-dah dentro do período de três dias, depois do que se apresentasse de
novo ao soberano. Amosa foi recrutar a tropa, mas levou mais que os três dias que lhe tinham sido
concedidos para isso. 6Dáoud disse a Abishái: "Esse indivíduo Seba é bem capaz de nos fazer mais mal
ainda do que Abshalóm. Portanto despacha-te, pega na minha guarda pessoal e vai atrás dele, antes que
tome posição numa cidade fortificada onde não possamos mais atingi-lo." 7-10Abishái e Yao-ab foram em
perseguição dele com um batalhão de elite formado por soldados do exército de Yao-ab e da guarda
privada do soberano. Quando chegaram à grande rocha de Gibeão, deram de caras com Amosa. Yao-ab
envergava o seu uniforme militar, com uma espada ao lado; ao aproximar-se de Amosa para o saudar, foi
tirando disfarçadamente a espada da bainha. "Então como vais, meu irmão", disse-lhe Yao-ab, enquanto lhe
pegava na barba, com a mão direita, como se preparasse para o beijar. Amosa não reparou na espada que
ele já segurava desembainhada na mão esquerda, e Yao-ab enfiou-lha no estômago, de tal forma que até
as entranhas lhe saíram. Nem foi preciso feri-lo segunda vez; morreu logo ali. Yao-ab e Abishái deixaram-no
caído, e continuaram atrás de Seba. 11Um dos jovens oficiais de Yao-ab gritou para as tropas de Amosa:
"Se vocês são por Dáoud, venham e sigam Yao-ab." 12-13Mas o corpo de Amosa jazia ali, no meio do
caminho, banhado em sangue. O jovem oficial, vendo que aquela gente toda se amontoava em volta do
cadáver para o ver, arrastou-o para fora do caminho, para um campo ali ao lado e pôs-lhe uma manta em
cima. Com o corpo morto assim afastado da estrada, toda a gente foi atrás de Yao-ab para capturarem
Seba. 14-15Entretanto Seba tinha atravessado a terra de Yaoshorúl para mobilizar o seu próprio clã de
Bicri, na cidade de Abúl, em Beth-Maaca. Quando as forças de Yao-ab chegaram ali, cercaram Abúl,
construíram uma plataforma, levantada até à altura da muralha da povoação, e começaram a destruir esta.
16Uma mulher, conhecida pela sua sensatez, chamou, de dentro da povoação, por Yao-ab: "Escuta-me
Yao-ab. Chega-te aqui; quero falar contigo." 17Ele aproximou-se e a mulher perguntou-lhe: "Tu és mesmo
Yao-ab?""Sim, sou eu próprio." 18-19"Há um ditado que diz assim, 'Se quiseres ganhar uma causa, pede
conselho em Abúl', porque nós sempre damos bons conselhos. Tu estás a destruir uma cidade antiga,
pacífica e leal para com Yaoshorúl. Será correcto que estejas a derrubar o que pertence a YÁOHU ULHÍM?"
20-21"A questão não é essa", replicou Yao-ab. "Tudo o que eu pretendo é um homem chamado Seba, das
montanhas de Efroím, que se revoltou contra o rei Dáoud. Se mo entregarem, deixaremos a cidade em
paz.""Está bem, lançar-te-emos a sua cabeça sobre a muralha." 22Então a mulher foi para os habitantes da
localidade com esse assunto; eles cortaram a cabeça a Seba e lançaram-na a Yao-ab. Este tocou a
trombeta, reuniram a tropa, abandonaram o ataque e voltaram ter com o rei em Yaohúshua-oléym. 2326Yao-
ab era pois o comandante-chefe do exército, Bina-YÁOHU tinha a chefia da guarda real, Adorão era
o responsável pelos serviços de impostos, YÁOHU-shuafát, filho de Ailude, era o historiador, Seva era
secretário, Tzaodóq e Abyaoter, os sumo-intermediários. Ira o jairita era o intermediário ao serviço pessoal
de Dáoud.
2 Shamu-Úl 21

A vingança dos gibeonitas

1Houve uma fome durante o reinado de Dáoud que durou três anos consecutivos, e Dáoud orou
insistentemente por isso. Então YÁOHUH UL’HÍM disse: "Esta fome é por causa da maldade de Shaúl e da
sua família sanguinária, que matou os gibeonitas." 2O rei chamou os gibeonitas. Estes não faziam parte de
Yaoshorúl; eram o resto que ficou da nação dos amorreus. Yaoshorúl jurara não os matar, mas Shaúl, no
seu zelo nacionalista, tentou liquidá-los. 3Dáoud perguntou-lhes: "Que hei-de eu fazer por vocês, para que
nos livremos desta culpa que recai sobre nós, e para que possamos enfim pedir a bênção de YÁOHU
ULHÍM?" 4"Pois bem, dinheiro não resolve o caso, e também não pretendemos matar seja quem for dos
Yaoshorulítas como vingança."Dáoud perguntou: "Então, que posso eu fazer? Digam-me o que acham e fálo-
ei." 5-6Então eles responderam: "Dá-nos sete descendentes de Shaúl -esse homem que procurou
destruir-nos. Enforcá-los-emos em Gibeão, a cidade daquele que foi do rei Shaúl.""Está certo; farei isso",
disse o rei. 7-9No entanto poupou Mephibosheth, filho de Yaonaokhán e neto de Shaúl, devido ao juramento
que fizera a Yaonaokhán. Mas deu-lhes os dois filhos de Rizpa -Armoni e Mephibosheth -que eram netos
de Shaúl através da sua mulher Aia. Também lhes entregou cinco filhos de Merabe, filha de Shaúl, mulher
de Adriel, e que tinham sido criados pela sua irmã Mical. Os homens de Gibeão enforcaram-nos na
montanha perante YÁOHU ULHÍM. Portanto, os sete morreram juntos no princípio da colheita da cevada.
10-14Rispa, a mãe de dois dos homens, estendeu um saco de serapilheira sobre um rochedo e ali ficou
guardando os cadáveres, durante toda a estação da sega, para evitar que as aves de rapina os
despedaçassem, de dia, e também que os animais selvagens, de noite, os comessem. Dáoud, ao saber o
que ela tinha feito, mandou que os ossos dos homens fossem enterrados no túmulo de Cis, o pai de Shaúl.
Ao mesmo tempo enviou um pedido à população de Yabesh-Gaúliod para que lhe trouxessem os ossos de
Shaúl e Yaonaokhán. Eles tinham furtado os corpos duma praça pública de Beth-Sã, onde os Palestinos os
tinham pendurado, depois de terem morrido na batalha do monte Gilboa. Foi dessa forma que os seus
ossos lhe foram trazidos. YÁOHUH UL’HÍM respondeu às orações e fez terminar aquela fome.

Guerra contra os Palestinos

15Uma vez em que os Palestinos estavam em guerra com Yaoshorúl, e em que Dáoud mais os seus
homens se encontravam no aceso da luta, o rei ficou exausto e muito fraco. 16-17Isbi-Benobe, um gigante,
cuja lança pesava mais de cinco quilos, e que trazia uma nova armadura, aproximou-se de Dáoud com a
intenção de o matar. Mas Abishái, o filho de Zeruía, chegou-se a tempo e matou o Palestino gigante. Na
sequência desse incidente os homens de Dáoud disseram-lhe: "Nunca mais voltarás a combater! Por que
razão havíamos nós de correr o risco de se apagar a luz de Yaoshorúl?" 18Mais tarde, durante uma guerra
com os Palestinos também em Gobe, Sibecai o husatita matou Safe, um outro gigante. 19E ainda noutra
peleja no mesmo sítio, Ulkana matou o irmão de Goliath o giteu, cuja lança era tão grande como a viga dum
tecelão! 20-21Noutra altura ainda, em que os Palestinos e os Yaoshorulítas estavam a combater em Gate,
um gigante com seis dedos em cada mão e em cada pé injuriava a nação de Yaoshorúl; Yaonaokhán,
sobrinho de Dáoud (filho de Simei, irmão do rei), matou-o. 22Estes quatro gigantes pertenciam à tribo dos
gigantes de Gate; foram pois mortos por elementos da tropa de Dáoud.

2 Shamu-Úl 22

Cântico de Dáoud

1Dáoud compôs este cântico para YÁOHUH UL’HÍM após ter sido salvo por ele das mãos de Shaúl e dos
seus outros inimigos:
2 YÁOHUH UL’HÍM é o meu rochedo,"a minha fortaleza e o meu Míhushuayao (Salvador).
3Confiarei em YÁOHU ULHÍM, que é a minha rocha e o meu alto retiro. Ele é o meu escudo, o poder da
minha salvação"e o meu refúgio. Ó meu Míhushuayao, tu me livras da violência.
4Invocarei YÁOHU ULHÍM, que é digno de todo o louvor;"salvar-me-á de todos os meus adversários.
5Ondas de morte me cercaram;"torrentes de maldade desabaram sobre mim.
6Fui ligado e atado, pelo inferno e pela morte;
7mas chamei pelo YÁOHU ULHÍM, na minha tristeza,"e ele ouviu-me, desde o seu Templo.

O meu clamor chegou aos seus ouvidos.

8Então a terra abanou e tremeu;"os fundamentos dos shua-ólmayao abalaram-se, por causa da sua ira.
9Saiu-lhe fumo do seu rosto, da boca, um fogo devorador,"que tudo consome na sua frente, pondo o mundo em chamas.
10Fez baixar os shua-ólmayao e desceu,"andando sobre espessas nuvens.
11Voou sobre um querubim, sobre as asas do vento.
12As trevas rodearam-no, espessas nuvens o circundaram;" 13mas a terra resplendeu com o brilho da sua presença.
14 YÁOHUH UL’HÍM trovejou desde os shua-ólmayao;" YÁOHUH UL’HÍM supremo fez ecoar a sua voz. 

15Disparou as suas frechas de luz, e dispersou os inimigos.
16Pelo sopro da sua respiração até o mar se dividiu em dois,"e viu-se o fundo das águas pela repreensão
de YÁOHU UL.
17Desde o alto me livrou, salvou-me de ser levado pelas vagas;
18libertou-me do meu poderoso inimigo, daqueles que me odiavam,"dos que tinham muito mais força que eu.
19Saltaram sobre mim, no dia da calamidade. Mas YÁOHUH UL’HÍM foi a minha salvação.
20Fez-me reaver a liberdade, resgatou-me, porque me amava.
21 YÁOHUH UL’HÍM recompensou-me, conforme a minha rectidão,"porque tinha as mãos limpas,
22e não me afastei impiamente do meu YÁOHU ULHÍM.
23Tive sempre presentes as suas leis,"e não me desviei dos seus estatutos.
24Fui sempre sincero perante ele, e fugi ao pecado.
25Por isso YÁOHUH UL’HÍM atendeu à minha justiça,"pois viu que eu estava limpo.
26Tu és misericordioso para com os que têm misericórdia;"revelas a tua justiça para com os que são retos.
27Com os puros, mostras-te puro;"mas destróis os perversos.
28Salvarás os que estão aflitos, mas abates os orgulhosos,"pois que tens os olhos sempre sobre eles.
29 YÁOHU ULHÍM, tu és a minha luz! Transformaste em luz a minha escuridão.
30Pelo teu poder posso esmagar um exército;"pela tua força saltarei muralhas.
31O caminho de YÁOHUH UL’HÍM é perfeito; a palavra de YÁOHUH ULé verdade. É um escudo para com
os que procuram a sua protecção.
32Só YÁOHUH UL’HÍM é o Criador Eterno."Quem é como um rochedo senão o nosso YÁOHU ULHÍM?
33 YÁOHUH UL’HÍM é a minha poderosa fortificação;"faz-me andar em perfeita segurança.
34Faz com que caminhe com passo bem firme,"como as gazelas sobre as rochas.
35Torna-me hábil nos combates,"dá-me força capaz de dobrar um arco de bronze;
36Deste-me o escudo da tua salvação;"pela tua bondade me engrandeceste.
37Fizeste-me andar sobre caminhos lisos,"onde os meus pés não vacilaram.
38Persegui os meus inimigos e os destruí,"não desisti sem os derrotar.
39Consumi-os e destrocei-os de tal forma que mais nenhum deles "se poderá levantar."Caíram debaixo
dos meus pés.
40Pois deste-me força para a batalha. Fizeste com que subjugasse"todos os que se levantaram contra
mim.
41Obrigaste os meus inimigos a fazerem meia volta e a fugirem;" destrui-os a todos, os que me odiavam.
42Em vão pediam ajuda; clamaram a YÁOHU ULHÍM,"mas recusou ouvi-los.
43Pisei-os como o pó do chão, esmaguei-os e dispersei-os,"como pó pelas ruas
44Guardaste-me da rebelião do meu povo;"livraste-me, para que seja cabeça das nações. Estrangeiros
me servirão;
45em breve me serão sujeitos,"quando ouvirem falar do meu poder.
46Perderão a altivez, e virão a tremer, lá dos seus esconderijos.
47 YÁOHUH UL’HÍM vive! Bendito seja aquele que é a minha rocha. Que ele seja louvado,"aquele que é a
pedra da minha salvação. 48-49Louvado seja YÁOHU ULHÍM,"que destrói os que se levantam contra mim,"e que me resgata dos meus adversários. Sim, tu levantaste-me em segurança, acima das suas cabeças."Livraste-me da violência.
50Por isso te dou honra, ó YÁOHU ULHÍM, entre as nações,"e canto haolúlim (louvores) ao poder do teu
Shúam (Nome).
51 YÁOHUH UL’HÍM deu uma maravilhosa salvação ao seu rei,"manifestou misericórdia ao seu ungido -"a
Dáoud e à sua família, para sempre."

2 Shamu-Úl 23

As últimas palavras de Dáoud

1Estas foram as últimas palavras de Dáoud:
"Diz assim Dáoud, o filho de Yaoshái,"o homem a quem YÁOHUH UL’HÍM deu tanto sucesso,"o ungido de
YÁOHUH UL’HÍM de YÁOHU-caf, "o suave salmista de Yaoshorúl.
2O RÚKHA de YÁOHUH ULfalou por mim,"a sua palavra estava na minha boca.
3Disse-me assim a rocha de Yaoshorúl: "'Há-de vir um que governará com toda a justiça,"que
administrará no temor de YÁOHU ULHÍM.
4Será como a luz da manhã, como uma esplêndida alvorada,"quando a tenra erva brota do solo;"sob o
calor do sol, depois da chuva.'
5E foi igualmente a minha família que ele escolheu! Sim, YÁOHUH UL’HÍM estabeleceu uma aliança eterna
comigo;"está selado com o seu acordo eterno. Ele constantemente olhará pela minha segurança e pelo meu
sucesso.
6Mas os ímpios são como espinhos que se lançam para longe;"rasgam a mão de quem lhes pega.
7Tem de se estar protegido para os apanhar, "e para serem lançados no fogo."

Os grandes chefes militares de Dáoud

8São os seguintes os nomes dos três homens mais valentes que Dáoud teve -os mais heróicos soldados
do seu exército: O primeiro foi Yosebe-Bassebete, de Taquemoni, também conhecido por Adino, o eznita;
certa vez matou oitocentos homens numa só batalha. 9-10Depois é Úlozor, o filho de Dodo e neto de Aió.
Foi um dos três homens que, com Dáoud, enfrentaram os Palestinos naquela vez em que o exército de
Yaoshorúl fugiu. Matou Palestinos, até que a sua mão, de cansada, já lhe doía ao segurar a espada;
YÁOHUH UL’HÍM deu-lhe uma grande vitória. Aliás o resto do exército só voltou na altura de recolher o
despojo! 11-12A seguir vem Samá, filho de Agé, de Harar. Uma vez, no decorrer dum ataque dos
Palestinos, quando todos os seus homens o tinham deixado só e fugido, ficou sozinho no centro dum campo
de lentilhas e conseguiu pôr em debandada os Palestinos. Também a este YÁOHUH UL’HÍM deu uma grande
vitória. 13-16Um dia, em que Dáoud vivia na caverna de Adulão e os invasores Palestinos estavam no vale
de Refaim, três dos trinta oficiais comandantes do exército Yaoshorulíta desceram no tempo da sega para o
visitar. Dáoud encontrava-se bem coberto militarmente; os guerrilheiros Palestinos tinham ocupado as
proximidades da cidade de Beth-Lékhem; e emitiu um anelo: "Como estou sequioso de beber um pouco da
boa água do poço da cidade!" Tratava-se do poço que está próximo da entrada da povoação. Então os três
homens irromperam através das guarnições dos Palestinos, foram tirar água e trouxeram-na a Dáoud. Este
contudo recusou bebê-la! Em vez disso, derramou-a perante YÁOHU ULHÍM. 17"Não, meu YÁOHU
ULHÍM!", exclamou ele. "Não posso fazer tal coisa! Esta água representa sangue destes homens, que assim
arriscaram as suas vidas!" 18-19Para além daqueles três primeiros homens, Abishái o irmão de Yao-ab,
filho de Zeruía, foi também muito afamado. Certa vez, só com a sua lança, matou trezentos soldados
inimigos. Foi por tais feitos que ele ganhou reputação semelhante à daqueles três homens, ainda que não
fosse igual a eles. Mas entre o corpo dos trinta comandantes, ele era o chefe. 20-23Havia também Bina-
YÁOHU, filho de YÁOHU-yaoda, um heróico soldado de Cabzeel. Bina-YÁOHU matou dois gigantes, filhos
de Ariul de Moabe. Noutra altura, entrou numa gruta e a despeito do chão estar muito escorregadio por
causa da neve gelada, pegou num leão que ali se tinha abrigado e matou-o. Noutra ocasião ainda, tendo na
mão unicamente um cajado, matou um soldado egípcio armado com uma lança; conseguiu arrancar-lhe a
lança e com ela matou o egípcio. Estes foram alguns dos feitos que deram a Bina-YÁOHU quase tanta fama
como a dos três primeiros. Era um dos maiores entre os trinta comandantes, mas não era, efectivamente,
igual àqueles três. Dáoud fê-lo chefe da sua guarda pessoal. 24-39Osaul, irmão de Yao-ab, era também um
dos trinta comandantes.
Os outros eram: Ulkana (filho de Dodo) de Beth-Lékhem; Sama de Harode; Elica também de Harode;
Helez de Palti; Ira (filho de Iques) de Tekóa; Abiozor de Anatote; Mebunai de Husate; Shua-ólmoh o aoita;
Maarai de Netofá; Helebe (filho de Baaná) de Netofá; Itai (filho de Ribai) de Gibeá, da tribo de Benyamín;
Bina-YÁOHU de Piraton; Hurai do ribeiro de Gaás; Abi-Albom de Arbate; Azmavete de Baurim; Uliab de
Saalbom; Os filhos de Yasen; Yaonaokhán (filho de Sage) de Harar; Samá de Harar; Aião (filho de Sarar) de
Harar; Ulipalot (filho se Aasbai) de Maacá; Eliã (filho de Aitofel) de Gilo; Hezro de Carmiúl; Paarai de Arba;
Igal (filho de Naokhán) de Zobá; Bani de Gaóld; Zeleque de Amom; Naarai de Beerote, o que levava as
armas de Yao-ab (o filho de Zeruía); Ira de Itra; Garebe de Itra; Uri-YÁOHU o heteu -trinta e sete ao todo.

2 Shamu-Úl 24

Dáoud manda fazer um recenseamento

1A ira de YÁOHUH ULtornou a acender-se contra Yaoshorúl; Dáoud foi levado a tomar uma decisão que
trouxe grave prejuízo para o povo: a de levantar um recenseamento a nível nacional. 2O rei disse a Yao-ab,
comandante do seu exército: "Faz o recenseamento geral de toda a população, duma ponta à outra da
nação, para que se saiba quantos são ao todo." 3Yao-ab replicou-lhe: " YÁOHUH UL’HÍM permita que vivas o
bastante para veres este povo multiplicado, neste reino, cem vezes mais do que são agora! Mas que
interesse tens tu nesse recenseamento?" 4-7Contudo a vontade do rei prevaleceu contra a argumentação
de Yao-ab, e este, acompanhado de outros oficiais do exército, começou a tarefa da contagem do povo de
Yaoshorúl. Primeiramente atravessaram o Yardayán e instalaram-se em Aroer, ao sul da cidade que fica no
meio do vale de Gaóld, junto de Yazer; depois foram para Gaúliod, na terra de Tatim-Hodchi, e para Dayán-
Yaã e para os arredores de Sidom; seguidamente deslocaram-se para a fortaleza de Tiro e para todas as
cidades dos heveus e dos cananeus; para sul de YAOHÚ-dah, até Beer-Shéva. 8-9Passaram assim pela
terra toda, tendo completado a sua missão em nove meses e vinte dias. Yao-ab trouxe o número total do
povo à presença do rei: eram 800.000 homens, com idade de serem recrutados para o exército, em
Yaoshorúl, e 500.000, nas mesmas condições, em YAOHÚ-dah. 10Mas após ter mandado fazer o
recenseamento, a consciência de Dáoud começou a acusá-lo, e disse a YÁOHU ULHÍM: "O que eu fiz foi
muito mal. Peço-te que me perdoes esta minha louca transgressão." 11Na manhã seguinte veio a palavra
de YÁOHUH ULao profeta Gaóld, que era através de quem Dáoud contactava com YÁOHU ULHÍM. Disse
YÁOHUH UL’HÍM a Gaóld: 12"Diz a Dáoud que lhe dou a possibilidade de escolher entre três alternativas".
13Gaóld veio ter com Dáoud e perguntou-lhe: "Queres escolher sete anos de fome em toda a terra, ou
durante três meses fugires diante dos teus inimigos, ou que haja três dias de praga na terra? Pensa nisto e
dá-me depois a resposta, para que a transmita a YÁOHU ULHÍM." 14"É uma decisão muito difícil de tomar",
respondeu Dáoud, "mas é melhor cair nas mãos de YÁOHU UL, porque grande é a sua misericórdia, do que
nas mãos dos homens." 15-16Então YÁOHUH UL’HÍM enviou uma praga sobre Yaoshorúl naquela manhã, e
que durou três dias; setenta mil homens morreram em toda a nação. Quando o anjo de YÁOHUH ULse
preparava para estender a sua mão sobre Yaohúshua-oléym, a fim de a destruir, YÁOHUH UL’HÍM decidiu
suspender o que estava a acontecer e disse-lhe que parasse. Estava ele sobre a eira de Arauna, o jebuseu,
nesse momento. 17Quando Dáoud viu o anjo, disse a YÁOHU ULHÍM: " YÁOHU ULHÍM, vê bem, sou eu o
único culpado por ter pecado! Estas ovelhas nada fizeram! Que o teu anjo se volte apenas para mim e para
a minha família."

Dáoud constrói um altar

18Nesse dia Gaóld veio ter com Dáoud e disse-lhe: "Constrói um altar a YÁOHUH UL’HÍM na eira de Arauna,

o jebuseu." 19-20Dáoud logo obedeceu. Quando Arauna viu o rei mais a sua gente virem na sua direcção,
adiantou-se e inclinou-se na sua presença, com o rosto em terra. 21"Porque vieste aqui?", perguntou
Arauna Dáoud respondeu: "Para te comprar a eira, e poder construir aí um altar a YÁOHU ULHÍM, a fim de
que pare esta praga." 22-23Arauna disse-lhe: "Usa tudo o que aí está como bem entenderes! Estão aqui
bois para o holocausto, podes empregar o carro e os jugos dos bois como madeira para fazer o fogo do
altar. Tudo te dou. Assim YÁOHUH UL’HÍM o Criador Eterno aceite o teu sacrifício."




2 comentários:

  1. EMBORA O NOME VERDADEIRO DO PAI ETERNO QUE ESTOU CONHECENDO SEJA (YAHU E DE SEU FILHO YAHÚSHUAH), GOSTARIA MUITO DE FAZER PARTE DESTE SITE PARA PODER APRENDER MAIS . NASCI NO BRASIL, E FALO PORTUGUÊS, ESTOU APRENDENDO HEBRAICO, E POR AQUI MUITAS CONFUSÕES SOBRE O NOME DO ETERNO, INCLUSIVE SOUBE Á POUCO QUE OS VERDADEIROS HEBREUS ERAM NEGROS E NÃO CALCAZIANOS COMO A MÍDIA MOSTRA, E PESQUISANDO ESTE SITE QUE TB ESTOU SEGUINDO, MOSTRAM A VERDADEIRA ORIGEM DOS HEBREUS E A RAMIFICAÇÃO EM RELAÇÃO AS DOZE TRIBOS QUE FORA ESPALHADAS NAS NAÇÕES. DAÍ SURGIRAM AS RAÇAS. GOSTARIA DE COMPARTILHAR SOBRE ISTO COM VC TB, SE PUDER É CLARO.

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